Já diria um
dos filósofos do futebol que clássico é clássico, e vice-versa. Pode ser. Mas é
inegável a confiança da torcida e a necessidade do elenco do Noroeste em
derrotar o Marília amanhã, às 19h, no estádio Alfredo de Castilho, em Bauru.
O jogo é
válido pela décima rodada da Copa Paulista. O Noroeste ocupa a terceira posição
do Grupo 1, com 13 pontos, enquanto o Marília é apenas o vice-lanterna com
oito.
Para ajudar
ainda mais, o time bauruense conseguiu sua primeira vitória em casa no último
sábado. Já os rivais sofreram uma goleada de 4 a 1 para a lanterna Santacruzense.
A vitória
num clássico pode selar, ainda que provisoriamente, um acordo de paz entre a
torcida e o elenco do Noroeste – a torcida vaiou e virou as faixas de cabeça
para baixo no último jogo, mesmo com a vitória por 2 a 1 sobre o Barretos.
Tudo isto porque
além de vencer o jogo, o Noroeste não só fica muito próximo da classificação
para a segunda fase da Copa Paulista, como também deixa o Marília em situação
complicada. Já eliminado da Série D do Brasileiro, o time corre sério risco de
cair também no torneio estadual e encerrar as atividades neste ano.
Aliás, a
crise do Marília também coincide com a crise que o tradicional clássico passa.
O empate sem gols no primeiro turno da competição neste ano foi o primeiro jogo
em dois anos entre as duas equipes, que já fizeram 83 partidas (veja números
abaixo).
Se ambas as
torcidas lembram de vitórias memoráveis (para o Noroeste, o 4 a 0 em 2006 é
inesquecível), agora veem um na Série A-2 e outro na Série A-3 do estado
tentando se reerguer com pouco dinheiro.
Enquanto
isso, porém, as duas equipes se concentram apenas no clássico decisivo de
amanhã. O Marília corre contra o tempo após ficar em greve na semana passada.
Já o Noroeste realiza hoje o treino que define os titulares.
Gustavo Longo/ Bom Dia Bauru