MEMÓRIA DA BOLA

Em 1958, Hospital de Base ao fundo, o fogo consome o velho Alfredão
SOLITÁRIA E HERÓICA
Naquele 23 de novembro de 1958, as 3 emissoras de rádio da cidade cobriam o jogo do Noroeste contra o São Paulo, pelo Paulistão, no velho estádio Alfredo de Castilho.
De repente, incêndio nas arquibancadas de madeira. Jogo encerrado aos 25 minutos. Parte dos 15 mil torcedores derruba o alambrado. Eu vi.  Efeito imediato, a energia foi cortada. A PRG-8, que irradiava com o locutor Paulo Milton Sassi, passa a falar dos estúdios. A Auri-Verde transfere a irradiação para Jaú, onde  José Haddad acompanhava XV e Corinthians.
Sobrou para a caçula das emissoras, a Rádio Terra Branca, solitária e heróica, com aparelhagem alimentada por bateria, informando ininterruptamente, e colaborando para um desfecho sem vítimas fatais. 
Ao microfone, o narrador Nilton Silveira, mais tarde advogado e juíz de Direito. E o repórter Cyrillo Jr., que continuaria casado com o rádio. Um e outro nos deixaram no ano passado.

Década de 1970, Samuel Ferro (à esq,)Osvaldo Seco e Faustão, à direita.
CIDADÃO BAURUENSE
Na próxima sexta-feira, Samuel Ferro, nascido em Pederneiras, receberá o título de  cidadão bauruense.
O Samuel, desde cedo viciado em microfone, começou na Rádio Cultura de Pederneiras. Lá por 1970/71 irradiou alguns jogos pela extinta Radio Jornal de Bauru, então dirigida pelo advogado e vereador Alonso Campoy Padilha.
Embarcou no moderno trem da Companhia Paulista e se mandou para São Paulo: Rádio e Televisão Record, Jovem Pan, Bandeirantes, Difusora....onde trabalhou ao lado de Blota Jr. Raul Tabajara,  Osmar Santos, Joseval Peixoto, Vital Bataglia, Fiori Gigliotti, BragaJr., Fausto Silva, o Faustão, que aparece com o Samuel na foto, mais o diretor de TV, Osvaldo Seco...
Em 1995, o retorno à Bauru, por rodovia, os trens já em processo de agonia até a sucata indecente de hoje. Samuel Ferro assume funções na TV Prevê do Duda Trevizani.
João F. Tidei Lima / Historiador


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