MEMÓRIA DA BOLA

Em 1964, a gratidão do Santos, o mais carioca dos times brasileiros. Em pe: Lima ( Campo Grande), Ismael ( Madureira), Joel ( Flamengo),Olavo ( Vasco), Mengalvio (America) e Gilmar ( Santos). Agachados: Peixinho ( Bangu), Rossi (Sao Cristovao), Toninho ( Portuguesa), Pele ( Olaria) e Pepe ( Fluminense).
 UNIDOS COM O PEIXE
Pelo que percebo nos jogos finais da Libertadores, quando se trata do Santos, torcedores do Trio de Ferro-São Paulo, Palmeiras e Corinthians, até que se dão as mãos, orando pelo Peixe. Uma devoção antiga.
Lá por meados da década de 1960, o dramaturgo Nelson Rodrigues não deixava por menos: o Santos de Pelé e Cia. era o mais carioca dos times que ele conhecia. "Só por um equívoco crasso e ignaro nasceu na Vila Belmiro...A Vila soa como um exílio, porque o Santos nasceu no lugar errado...Sua verdadeira casa é o Maracanã". 
Exagero do Nelson? Nem pensar. Antes de marcar o milésimo gol, em 1969, no Maracanã, Pelé já tinha pintado e bordado por lá: o tal gol de placa em 1961, seus gols e dos seus parceiros nos 5 a 0 da Taça Brasil  contra o Botafogo de Nilton Santos, Didi e Garrincha, mais os títulos mundiais contra o Benfica e o Milan em 1962/63,  com a torcida carioca gritando "olé", e reverenciando a genialidade daquele futebol.
Daí o agradecimento do Santos à essa torcida, no torneio Rio-São Paulo de 1964. Antes de um dos jogos, os santistas posaram para os fotógrafos, envergando as camisas dos clubes cariocas. Como aparece na foto: em pé, da esquerda para a direita, Lima (Campo Grande), Ismael (Madureira), Joel (Flamengo), Olavo (Vasco), Mengálvio (América), Gilmar (Santos); agachados, Peixinho (Bangu), Rossi (São Cristóvão),
Toninho Guerreiro (Portuguesa), Pelé (Olaria), e Pepe (Fluminense)

Em 1985, essa troca de camisa foi recebida com festa pela torcida.
 POR FALAR EM CAMISA...
Os tais apelos publicitários, de vez em quando mexem com o uniforme do Corinthians. Tão centenário quanto o clube. Daí a chiadeira contra, imagine, um fardamento tricolor que andaram exibindo outro dia!
Lá no saudoso passado, a troca era motivo de festa, porque homenageava a história. Por exemplo, no 75.o. aniversário, Jubileu de Diamante, em 1985, o time entrou em campo com réplicas das camisas usadas pelos pioneiros, em 1910.
Em pé, da esquerda para a direita, Solito, De León, Serginho, Casagrande, Luís Fernando, Paulo César e João Paulo; agachados, Dunga, Édson , Mauro e Wladimir.

Por João F. Tidei Lima ( Historiador)





Postar um comentário