MEMÓRIA DA BOLA

Esse Palmeiras de Chinesinho dobrou o Santos de Pelé no Paulistão de 1959
REGENDO DENTRO DO CAMPO...

Lá por 1958, vendo os inimigos, Corinthians, São Paulo e Santos, repartirem os títulos do Paulistão ao longo da década, o Palmeiras se mexeu: recontratou o técnico Oswaldo Brandão, trouxe de volta da Itália o ponta Julinho Botelho, tirou o grande Djalma Santos da Portuguesa,  importou do Rio Grande do Sul o goleiro Valdir e a ala esquerda da seleção gaucha, Enio Andrade e Chinesinho...

Vestindo a camisa 11, Sidney Colonia  Cunha, o Chinezinho (1935-2011) parecia um ponta, como se dizia na época, ciscador...como outros pontas, o Verdão ainda à reboque dos inimigos
A surpresa e a revelação irrompem no Paulistão de 1959, o Palmeiras no calcanhar do super Santos de 
 Pelé, Pepe & Cia.
Ele, Chinesinho, baixinho, meio atarracado, foi escalado pelo técnico, com novas funções, no meio do campo. Onde logo foi se impondo, pelos lançamentos precisos,  orientação aos companheiros, antevisão das jogadas, virou o termometro daquele Palmeiras que  chegou à final e faturou o Paulistão em cima do Santos: 2 a 1. Com esse time da foto: em pé, da esquerda para a direita, Djalma Santos, Valdir, Valdemar, Aldemar, Zequinha e Geraldo; agachados, Julinho, Nardo, Américo, Chinesinho e Romeiro.

Em 1963, de terno e gravata, entre um jornalista e o lateral Riberto, o técnico Oswaldo Brandão.

...FORA DO CAMPO, O PAI DA MUDANÇA

O inventor do novo Chinesinho, gaucho como ele, era um velho conhecido dos torcedores.
Já tinha orientado o Palmeiras campeão de 1947, e o rival Corinthians, campeão do Quarto Centenário, em 1954.
Currículo invejável,  Oswaldo Brandão (1916-1989) seria campeão, também, treinando, em 1971, o outro membro do Trio de Ferro, o São Paulo. Por onde já havia passado, ainda em 1963, como mostra a foto: Brandão, de terno e gravata, ao lado do lateral Riberto (à dir.), e do repórter Benedito Ruy Barbosa (à esq.) do jornal A Gazeta Esportiva.
Experiência acumulada fertilizando o saber, Oswaldo Brandão, preferia, com os jogadores,  uma conversa de "pai e conselheiro". Chamava de lado, mão no ombro, ensinava "lições de vida" aos pupilos, além de velhas "malandragens"...
 Em 1967, um desembarque na Argentina e um título de campeão com o Independiente. Uma passagem meteórica pela seleção brasileira em 1977.

Por João F. Tidei Lima ( Historiador)





Postar um comentário