Morre Lorico, que fez história no Noroeste



Lorico em foto recente
Considerado um dos melhores jogadores que já vestiram a camisa do Noroeste, o ex-volante Lorico morreu, no ultimo dia 20 em Santos, aos 70 anos, vítima de câncer na próstata, em Santos, sua cidade natal. João Farias Filho, o Lorico, defendeu o Norusca de 1973 a 1976, vindo da Portuguesa de Desportos e era um volante clássico, que mesclava técnica e inteligência tática na composição do setor.

Profissionalmente, iniciou a carreira em 1959 defendendo a Portuguesa Santista, mas no ano seguinte já vestia a camisa cruzmaltina. Pelo Vasco, atuou por seis temporadas com algum destaque, retornando a São Paulo para jogar pela Prudentina, de Presidente Prudente, e de lá para a Portuguesa de Desportos.
  
Pela Lusa do Canindé, jogou até 1973, sempre com a classe costumeira, quando foi contratado pelo Noroeste. Mesmo em um clube de menor expressão, era sempre citado com um dos melhores na posição durante os campeonatos paulistas em que atuou pelo time de Bauru. Mas foi pelo Botafogo de Ribeirão Preto que Lorico passou a ser visto como um autêntico maestro em campo.
  
Era ele quem comandava o time, para muitos o melhor da história do clube, que conquistou o primeiro turno do Campeonato Paulista e tinha nomes como o goleiro paraguaio Aguilera, o ponta-direita Zé Mário (que chegou a ser convocado para treinos visando à Copa de 78, mas faleceu prematuramente vítima de leucemia) e o atacante Sócrates, que explodiu defendendo o Corinthians e a Seleção Brasileira (Copas de 82 e 86). Contratado em 1976 pelo Botafogo-SP, pendurou as chuteiras em 1979, pelo Tricolor de Ribeirão Preto, fixando residência em Santos, cidade onde nasceu e iniciou a carreira na Briosa Portuguesa Santista.

Para o ex-atacante Baroninho, que jogou com o ex-volante, Lorico foi o maior jogador que atuou em Bauru. Baroninho comenta que o ex-volante se posicionava muito bem em campo, o que fazia o futebol dele fluir. “A experiência que ele tinha era demais. Quando davam um chutão, a bola caia no pé dele”, frisou Baroninho em entrevista à edição especial do centenário do Noroeste feita pelo JC.

Baroninho revela que Lorico era exemplo para os novatos não somente em campo, mas também na consciência de que a carreira de jogador de futebol é curta e é preciso ter controle com as finanças. “O Lorico guardava muito dinheiro e a gente procurava seguir o exemplo dele. Guardei muito dinheiro através dele, vendo o jeito e a sua maneira.
Só trouxe coisas boas”, elogiou na mesma entrevista.
Uma das melhores formaçoes do  Norusca.... 1973....Em pé: Luizão,Lelo, Marco Antonio, Lorico, Odairzinho e Dé. Agachados: Rodriques, Zé Rubens,Amauri Anderson , Milton e China.
 
Por Wagner Teodoro (Jornal da Cidade)

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