O empresário Antonio Alencar, na foto, disse que "a atitude foi irresponsável" e que a empresa "tinha interesse na renovação do contrato", com o Noroeste, citou.
O  Noroeste está sendo processado por quebra de contrato. No dia em que  fez festa para comemorar os seus 100 anos de fundação, advogados do  clube e da empresa reclamante se reuniram no Fórum de Bauru em  audiência, e não houve acordo. Uma segunda audiência entre as partes  envolvidas e a Justiça, deverá se realizar nos próximos dias.
A  indústria Mariflex de mobiliário corporativo entrou na Justiça para ser  ressarcida “pelo valor da multa que está no contrato que foi  descumprido”, alega o diretor da empresa Antonio Alencar. “Ou paga a  multa ou concede à empresa patrocínio na camisa por 12 meses”, diz  incisivo Alencar.
Na  ampla sala sofisticada da indústria, Antonio Alencar lamenta pelo  Noroeste, “que sabemos se notabilizou com o investimento do empresário  Damião Garcia, mas o clube começa a jogar janela afora o que foi feito,  devido à irresponsabilidade e pelas besteiras do departamento de  marketing do clube”, acusa.
“Contrato de um ano”
Em  28 de julho do ano passado, no BTC/Campo, durante empate em um gol, em  jogo-treino contra o Jacarezinho (PR), o então gerente de futebol do  Noroeste, Vitor Hugo Siqueira assinou contrato, de 12 meses, com  validade a partir de 1 de agosto de 2009 até 1 de agosto de 2010, com a  empresa Mariflex para realizar pintura no Estádio “Alfredo de Castilho”.
Pelo  acordado em contrato, a empresa teria em troca outdoors e camarote com  12 lugares. “Gastamos mais com o serviço de pintura e temos notas  fiscais aqui”, revela Alencar que diz ter sido proibido de ter acesso ao  camarote, em 31 de julho passado, na vitória de 1 a 0 do Noroeste sobre  o Marília, pelo grupo 1 da Copa Paulista.
“O  porteiro me avisou que eu não podia mais entrar porque o contrato  estava vencido”, lembra. “Pedi para entrar para tirar os funcionários da  empresa que estavam no camarote. Para minha surpresa vi que os outdoors  estavam em branco com o contrato ainda em vigor”, recorda Alencar.
Ainda  segundo o diretor da Mariflex “dei dinheiro aos funcionários que  deixaram o camarote, compraram ingressos e foram para a arquibancada.  Com aparelhos celulares fotografaram os outdoors apagados”, completa.
“Negociação direta”
Antonio  Alencar acusa o responsável pelo departamento de marketing do Noroeste.  “Absurdamente o rapaz do marketing queria comissão em cima do serviço  que prestamos em acordo realizado diretamente, sem intermediação, com o  gerente Vitor Hugo. A atitude oportunista nos indignou”, desabafa.
Pelo  contrato, Alencar diz que “tínhamos direito a mais um outdoor no campo  de treinamento, mas este nunca foi colocado”, declara, afirmando que “a  nossa empresa tinha interesse na renovação do contrato”, e mais “já  estávamos projetando mobiliar as salas de imprensa e da presidência”,  conta Antonio Alencar.
A  primeira audiência, sem acordo, se realizou dia 1 de setembro, na 2ª  Vara, coincidentemente na data em que o Noroeste comemorava o seu  Centenário de fundação.
“Nosso  departamento jurídico está aguardando a posição do marketing do  Noroeste. Ou paga a multa por quebra de contrato ou estampa a logomarca  da empresa nas camisas do time. É o que exigimos para corrigir a enorme  besteira, a enorme irresponsabilidade praticadas pelo departamento de  marketing do clube”, encerra o diretor da Mariflex, Antonio Alencar.
“Fizemos contato imediatamente”
Por  telefone o assessor de marketing do Noroeste, Evaldo Armani, reconhece o  equivoco quanto à data no contrato. “Fizemos um contato, imediatamente,  com a empresa para ressarcir pelos 15 dias que faltavam para o termino  do contrato, mas esta, infelizmente, se mostrou inflexível”, comenta.
Armani  lembra que cópia do contrato “não nos foi passado à época da sua  homologação”. E sobre o diretor da empresa desejar um ano de exposição  da logo da Mariflex na camisa do Noroeste, “é algo irreal já que  estampar marca na camisa vale 100 vezes mais o valor do contrato feito  com a empresa”. Armani disse que aguarda parecer da Justiça.
Por: Erlinton Goulart "Futebol Bauru"
Por: Erlinton Goulart "Futebol Bauru"
