Alfredo de Castilho, o famoso Alfredão, faz 50 anos


credito/foto..Jornal da Cidade

O Alfredo de Castilho era um dos mais modernos estádios do Interior paulista quando da sua inauguração em 5 de junho de 1960. Por questões que fugiam ao campo de jogo, o Alfredão abriu suas portas ao público na Vila Pacífico denominado Estádio Ubaldo Medeiros. Anos depois, Alfredo de Castilho retomou sua posição honrosa em substituição a Ubaldo de Medeiros.

O historiador Luciano Dias Pires relembra que Medeiros, então diretor da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB), não poupou esforços para obter os recursos junto à direção da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) para a construção do estádio. Alfredo de Castilho foi engenheiro e diretor da ferrovia e já emprestava seu nome ao antigo estádio do Norusca na rua Quintino Bocaiúva. Este campo teve suas arquibancadas de madeira da geral destruídas por um incêndio em 1958, durante um jogo entre Noroeste e São Paulo.

Neste período, o complexo esportivo do clube já estava em fase de construção das piscinas e da Panela de Pressão, ginásio inaugurado em 1956. A mobilização acelerou a construção do estádio para 20 mil espectadores, que hoje completa 50 anos de existência. Oficialmente, o estádio do Noroeste comporta cerca de 18 mil pessoas.

A festa de inauguração do estádio teve seu ápice com o jogo amistoso contra o Palmeiras, o esquadrão da primeira academia alviverde. O atacante noroestino Zé Carlos fez o primeiro gol do estádio e da vitória de 3 a 2 no jogo inaugural contra o time da Capital. O primeiro gol foi feito nas traves dos eucaliptos na primeira etapa de jogo. Com 74 anos atualmente, José Carlos Coelho, o Zé Carlos, vibra ao descrever que se antecipou aos zagueiros para golpear a bola de cabeça e vencer o emblemático goleiro alviverde Valdir Joaquim de Moraes. Ele acrescenta o cruzamento foi de Gelson pela esquerda. Zé Carlos não esquece da festa de inauguração. “Foi um momento maravilhoso e o campo estava lotadíssimo”, destaca.

“O Palmeiras era nosso freguês”, cita o atacante. Ele justifica a freguesia alviverde relembrando que, pelo Campeonato Paulista daquele ano, a equipe de Parque Antartica foi derrotada pela Maquininha Vermelha por 2 a 0 no jogo em Bauru, no dia 31 de julho. No jogo de volta, o Alviverde venceu o Norusca por 3 a 1, no dia 12 de outubro. Para Zé Carlos, a campanha do Paulista de 1960 foi a melhor da história do Norusca, que encerrou a competição na quinta posição com 40 pontos, em um campeonato duríssimo com jogos de ida e volta e 18 clubes participantes e vencido pelo Santos. No entanto, o time de Vila Pacífico ficou na quarta colocação no Paulistão 2006, coincidentemente, vencido pelo Santos.

No jogo de inauguração da iluminação do Alfredo de Castilho, em 15 de novembro de 1966, novo jogo contra o Palmeiras. Outra vitória alvirrubra, de virada por 2 a 1. Zé Carlos novamente deixou a sua marca fazendo o gol de empate. O Noroeste perdia por 1 a 0, gol do ponta esquerda peruano Gallardo que atuava pelo Alviverde. O gol da vitória alvirrubra, comenta Zé Carlos, foi de Cedir, atleta que veio do Paraná.

Zé Carlos jogou no Noroeste de 1960 a 1967, quando se transferiu para o Juventus, da Capital. Atualmente, ele reside em Bauru. Já o engenheiro Alfredo de Castilho foi diretor da E.F. Noroeste do Brasil entre maio de 1925 a 1929. Ele foi nomeado pelo presidente Artur Bernardes. O estádio Alfredo Castilho fica na quadra 3 da rua Benedito Eleotério, na Vila Pacífico.
Por: Jornal da Cidade
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