MEMÓRIA DA BOLA

Em 1959, esse timaço do Noroeste massacrou o Corinthians
UM NOROESTE DEMOLIDOR

Hoje segue, sem rumo, na  4ª Divisão. Mas, na temporada de 1959,  20 times disputando o Paulistão, o cenário era diferente. O E.C.Noroeste, fundado por trabalhadores da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, às vésperas do seu cinquentenário justificava, como nunca, o apelido de Demolidor Ferroviário.

Classificou-se em 7º  lugar, ficou entre os 4 primeiros do Interior, recebendo os visitantes no extinto estádio Antonio Garcia, emprestado pelo  BAC, e palco de exibições memoráveis.

Além da vitória (1 a 0) sobre o São Paulo, e uma dramática derrota (4 a 3) imposta pelo super Santos de Pelé, Zito, Pepe & Cia, não dá para esquecer o pega contra o  Corinthians dos campeões mundiais Gylmar e Oreco.

Primeiro tempo, Norusca 3 a 0; placar final, a histórica goleada por 6 a 3,  com arbitragem de Olten Ayres de Abreu, estádio superlotado. O técnico Renganeschi  escalou o time da foto: em pé, a partir da esquerda, Pedro, Fernando, Geraldo, Gaspar, Vila, e Julião; agachados, Batista, Ranulfo, Gomes, Maneca e Gelson..

Parte desse time já se despediu. Anos atrás cruzei com o  Gelson, na companhia do ex-noroestino Warley, em Bauru,  ambos vendendo saúde.  O meia Maneca, perto de completar 82 anos, também firme e forte, mora com a família em Ribeirão Preto.

 
Em 1955, o ex-noroestino Zé Carlos também foi centro-avante da Lusa
A LENDÁRIA PORTUGUESA
Ano passado, caiu da Série B para a Série C do Brasileirão. Na última 4ª  feira despediu-se do Paulistão, despencando para a Série A-2.
Hoje. a outrora grande Portuguesa de Desportos não passa de uma lenda. Militante da velha guarda, como o amigo lusófilo Pedro Carvalho, tenho vivas na lembrança
as imagens daquela temível Portuguesa.

Costumava surrar os campeões do Estado. Em 1951, enfiou 7 a 3 no Corinthians. Em 1955, a  vítima foi o Santos, 8 a 0. Em 1957, no Pacaembu, lotado, o gaúcho Alfeu, fez todos os gols na goleada de 4 a 0 contra o São Paulo.

O ex-noroestino José Carlos Coelho,, o Zé Carlos, entre 1955 e 1959, era uma espécie de coringa de luxo da Lusa. Escalado praticamente em todas as posições do ataque. Como em 1955, segundo a foto: da esquerda para a direita, Liminha, Zé Amaro, Zé Carlos, Ipojucã e Edmur.

Em Bauru, a partir de 1960, Zé Carlos sempre foi estrela nas várias formações do Norusca. Invariavelmente é escalado no melhor Noroeste de todos os tempos . Cabeça e  preparo físico em órdem, continua em atividade nas promoções esportivas do município.  
Prof. João F. Tidei de Lima/ Memorialista 

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