LAVANDO A HONRA DA PÁTRIA
Antevéspera do Natal, dia 23 de dezembro de 1951, o BAC,
naquele ano conhecido como Esquadrão da Primavera, entrou em campo para vingar
o São Paulo F. C., que dias antes tinha sido batido em pleno Pacaembu pelo
Atlanta de Buenos Aires, 1 a 0.
Ao lado do meu saudoso pai testemunhei a goleada baqueana
por 8 a 2, que entrou no mapa dos pegas futebolísticos entre Brasil e
Argentina. Com os jogadores da foto,
alinhados, exceção do goleiro, fora de suas posições: em pé, da esquerda para a
direita, Sorocaba, Rubens, Marinho, Dondinho (pai do Pelé), Mical e Souza;
agachados, Lúcio, Souzinha, Carioca, Crenite e Carmelo.
ARRANJOS MISTERIOSOS
A perda de pontos pela escalação irregular de jogadores, e a
consequente degola da Portuguesa de Desportos,
refrescam a memória da velha guarda.
Década de 1960 à vista, o Palmeiras repartindo os títulos do
Paulistão com o super Santos da Era Pelé. De repente, no campeonato de 1968, o
contraste brutal: o Santos lá em cima,
festejando antecipadamente o título, e o Palmeiras la embaixo, a um
passo do rebaixamento.
Último jogo, precisando de um empate, em Campinas contra o perigoso Guarani. Aí
vieram os tais arranjos misteriosos.. Sabe-se lá por que, o Bugre escalou um
time com reservas e juvenis. E, digamos,
para não correr riscos, entre os escalados estava um tal de Flamarion,
bom jogador mas sem o devido registro na Federação Paulista de Futebol.
O placar final de 1 a 1 acabou sendo suficiente para salvar o Verdão.Que no ano
seguinte dispensou vários jogadores, entre eles o bicampeão mundial Djalma
Santos (1929-2013) logo contratado pelo Atlético Paranaense, onde posou para a
foto ao lado do outro bi-mundial,
Bellini.
João F. Tidei de Lima/ Historiador
João F. Tidei de Lima/ Historiador