Bauru é terra
de passagem, profetiza uma tese sobre a origem e missão dessa Bauru.
Sim, por aqui muitos passaram e fizeram história. Uns enfiaram-lhe a
faca, outros contribuíram decisivamente em importantes momentos. Uns
mais, outros menos. Uns pelo bem, outros pelo mal. Mas também existem e
muitos, os que aqui vieram e se estabeleceram. Escrevinho algo hoje de
um desses.
Leonardo de Brito
é um cara viajado, como a grande maioria do povo nordestino de décadas
atrás. Fez o mesmo que os seus, vindo aportar no então “Sul Maravilha”
em busca de dias melhores. Rodou um bocado, depois de aportar no Rio de
Janeiro, onde até hoje possui parentes próximos, estabelecendo-se em
Bauru e tendo até participado do núcleo de jornalistas fundadores do
Jornal da Cidade. Nunca teve participação diretiva, poder de
mando,
sempre estando ligado as hostes esportivas, sua especialidade, razão de
seu viver. Trata o esporte, principalmente o futebol com zelo e esmero,
tendo também se apropriado da paixão pelo time da aldeia adotada como
sua, Bauru e o Noroeste. A cara do Caderno de Esportes, tanto tempo
comandado por ele, é a dele e ao abri-lo diariamente não tem como não
associar aquelas páginas com a sua pessoa. Cara de um focinho do outro.
Um bom vivã, gosta muito do que de melhor o samba possui, o seu lado
brejeiro, o do pagode carioca, com Zeca, começando com Noel. Disso não
abre mão e entras em discussões homéricas quando o tentam fazer ouvir
“merdalhas” distribuídas por aí. Experimentem chamar de "balada" suas
incursões noturnas e verás sua ira. Eterno e assumido boêmio. Escreve
macio, sem provocar grandes confrontos, mas não se verga fácil e se
preciso compra boas brigas. De uns tempos para cá, está também soltando a
voz nos microfones, emitindo seus pitacos em noticiários esportivos nas
rádios locais e sendo requisitado como menestrel no ofício, não só
pelos kms rodados, como pela sapiência na precisão dos comentários.
Flana pela cidade toda sem criar inimizades e mesmo com um pé fincado no
lado A de Bauru, nunca retirou o outro do lado B, onde adora circular,
reverenciar e ser ali reverenciado. Um muito boa praça, agitado e
escrevinhando sobre uma das paixões mais conflituosas dos tempos
atuais: o futebol.



OBS.:
Hoje em sua coluna no JC, a “Em Confiança”, no dia seguinte de ter
saído uma carta minha na Tribuna do Leitor, “Carta Aberta à Imprensa
Esportiva Bauruense” (http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=227820),
clamando por matérias desvendando desmandos no Noroeste, ele publica
nota com seguinte teor, o que enche de alento esse escrevinhador: “NOROESTINO
– Repercutiu muito o comentário do noroestino roxo, Henrique Perazzi de
Aquino, na Tribuna do Leitor. Trairagem e ciumeira sempre existiram no
futebol, mas jogar contra o Noroeste é pura sacanagem. Quem não quiser
ajudar, pelo menos não atrapalhe. Amigo, vou investigar. Prometo”. Eu confio e boto fé nisso. E fico na espera.
Henrique Perazzi de Aquino, diretamente do Mafuá do HPA