O NOROESTE PRECISA BUSCAR ESSE NOVO CAMINHO, UMA NOVA REPRESENTAÇÃO

O desenlace dessa vez parece ser irremediável. De outras feitas teve volta, algo difícil dessa. A cidade já deveria estar preparada para isso e da forma como aconteceu, intempestiva e saindo de um dia para outro, acho mais conveniente bancarem o time pelo menos até o final do ano. Janeiro tudo seria comandado por outro esquema. A grosso modo, sinto muito pelo que poderá acontecer com as categorias de base, nunca dantes tão incentivadas como nos últimos tempos. Toda a grana investida ali é salutar, pois essa base é o futuro de um time de futebol. Encerrando tudo, volta-se ao ciclo somente com time profissional e seria um retrocesso horroroso. Sei que a Prefeitura nada pode fazer pelo futebol profissional (e nem deveria), mas pode fazer pela garotada, talvez numa parceria de formação com a união dos dois nomes, Noroeste/SEMEL. Bancaria toda parte de alimentação, infraestrutura do alojamento e educação, com vagas em suas escolas. Seria um belo projeto, instigante e de ajuda social. Na revelação e repasse de jogadores, os valores auferidos, parte para o time e a parte da SEMEL toda reinvestida no projeto, que poderia até se auto sustentar com o passar do tempo. Minha crítica à família Damião sempre se ateve à pouquíssima vontade de integração com a cidade, fazendo tudo a revelia dela e um time, mexendo com o  coração das pessoas, mesmo com todo dinheiro investido é muito diferente de dirigir uma empresa privada. Reclamei também que nunca vi nenhum balancete de gastos, a tal entrada e saída de grana. Ninguém sabe, ninguém viu. Valores são jogados ao sabor do vento. Ontem mesmo ouvi do Toninho Gimenes que os tais R$ 400 mil mês não são colocados todo mês. Uns sim, outros bem menos. Nem se sabe ao certo quanto é gasto mês. Para uma nova eleição ser marcada seria de bom alvitre ter isso em mãos. Imaginem um algo novo no ar, a Prefeitura já disponibilizando o que poderá fazer pelas categorias de base e algo concreto de gastos com elenco, quadro de funcionários, fornecedores e despesas para colocar os times em campo. Da transparência disso e da atual situação, sem dívidas no ativo e passivo, uma luz no fim do túnel para o surgimento de algo viável, palatável e saudável. O momento é ruim, mas pode ser salutar, se bem trabalhado, despontando dele o algo novo, duradouro. Quanto a um dos motivos alegados pelo desenlace, o das
críticas pelas redes sociais, para as mais grosseiras existem formas de brecá-las e basta que sejam usadas. Eu escrevo muito, de tudo um pouco e assumo pelo que escrevo. Que outros o façam e quando escrevem algo indevido, que respondam por isso. Ficamos dez anos reclamando, mas acomodados, pois existia bem bancava a brincadeira de tocar um time para a cidade. O sonho acabou e a rapidez nas atitudes daqui para frente será primordial para decretar o futuro possível. Dinheiro eu não tenho (nunca tive), só ideias e com elas quero ajudar o time a permanecer vivo. Estou à disposição.
Li algo na coluna do considerado CANHOTA 10, ou melhor, o FERNANDO BH,  da Rede Bom Dia e reproduzo, pois vi ali um belo resumão de tudo o que acabei lendo e vendo entre ontem e hoje: http://globoesporte.globo.com/sp/sorocaba/canhota-10/platb/2012/09/27/renuncia/. Todas as fotos do Noroeste foram tiradas por mim na Feijoada da Sangue Rubro, último dia 22/09.

Henrique Perazzi de Aquino, diretamente do Mafuá do HPA

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