MEMÓRIA DA BOLA


Em 1964 esse Santos agradeceu à todos os torcedores do Rio
DE TODAS AS TORCIDAS
Na coluna do domingo passado, exibi a foto do Guarani, mas torci para o futebol, quer dizer, para o Santos. Repito hoje, porque a Vila, definitivamente, é o novo endereço do futebol no Brasil.
Apesar de o Santos jogar melhor fora dela. Dá a impressão de ter maior espaço para os dribles e os gols fantásticos do craque Neymar. Hoje, esse palco é o Morumbi, como ontem foi o velho e demolido Maracanã.

O imortal Nelson Rodrigues (1912-1980) dizia mesmo que "só por um equívoco crasso e ignaro" o Santos tinha nascido na Vila Belmiro. Sua verdadeira casa, reforçava, "é o Maracanã", palco de dois títulos mundiais e de aplaudidas goleadas históricas contra os grandes do Rio.

Em 1964, antes de um jogo pelo antigo Torneio Rio São Paulo, o Santos resolveu agradecer aos torcedores de todos os clubes cariocas. Cada jogador entrou em campo, representando um time da Primeira Divisão do Rio: como registrou a foto, em pé, a partir da esquerda: Lima (Campo Grande), Ismael (Madureira), Joel (Flamengo), Olavo (Vasco), Mengálvio (América), Gilmar (Santos); agachados, Peixinho (Bangu), Rossi (São Cristóvão), Toninho Guerreiro (Portuguesa), Pelé (Olaria), e Pepe (Fluminense).

Na década de 1960, o cerco da defesa do Santos contra Garrincha 
E POR FALAR EM DRIBLE...
É só falar nos dribles estonteantes do Neymar, que a velha guarda do antigo Trio de Ferro, espana a poeira para chamar a metade do século passado.

Os corintianos localizam o meia Luiz Trochillo, o Luizinho, campeão do IV Centenário, em 1954; os tricolores puxam o ponta esquerda Canhoteiro, campeão paulista de 1957; e os palmeirenses, o ponta direita Julinho Botelho, campeão naquele super Paulistão de 1959.

À parte, as preferências clubísticas, a unanimidade é total quando se trata de reconhecer a genialidade do imbatível Mané Garrincha, na foto com a camisa 7 do Botafogo, e cercado por três santistas no Torneio Rio São Paulo de 1960: da esquerda para a direita, os zagueiros Mauro, Calvet e Dalmo.

João F.Tidei Lima/  Historiador

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