Noroeste assimilou o golpe

Não chegou a causar traumas a desclassificação do Noroeste para voltar à Série A1 do Paulista. Já era esperado. Os últimos resultados vinham sinalizando com essa possibilidade e acabou acontecendo.

A comunidade esportiva bauruense já não acreditava mais no time, que em raríssimos momentos chegou a convencer e inspirar um retorno à elite do futebol estadual.

Procurar erros e culpados não é tarefa fácil, mas ao mesmo tempo foi mais ou menos previsível, em virtude das repetições de procedimentos que não têm dado certo já ao longo de alguns anos.

Em primeiro lugar volto insistir a questão do técnico. Sem desmerecer o trabalho do Knewitz, ele não é o “cara” que possa levar uma equipe a ser vencedora realmente.

As contratações e o elenco montado estão aquém do desejável para o que se pretendia. Chegamos a triste conclusão que os outros concorrentes são de fato melhores, com muito mais potencial para a empreitada de subir para a Série A1.

O esquema ainda burocrático e sem consistência suficiente, embora organizado, não dá conta de montar uma equipe que chega lá, que tenha personalidade e futebol suficientes para se impor ante seus adversários.

De qualquer maneira a cidade assimilou a desclassificação. Afinal todo ano tem campeonato e é até melhor que o Noroeste refaça seus esquemas e quando subir, que seja para ficar realmente.

O tempo passa muito mais rápido que parece e as oportunidades continuarão inteiras. Se o desejo for realmente subir, crescer e ocupar um lugar de destaque no cenário futebolístico nacional é só trabalhar muito, planejar e conseguir recursos financeiros que correspondam às necessidades para tal empreitada.

A torcida e imprensa bauruenses já estão suficientemente sofridas e amadurecidas para amortecer o golpe e saber que essa ainda não era a hora certa do acesso. Quem sabe numa próxima.
Paulo Sérgio Simonetti/ Rádio 94 FM de Bauru

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