Ranulfo e Luís Marini, em 1954, com o Norusca no Pacaembu |
Noite
destas, fui até ao apartamento do Luís Marini conferir recortes e fotos da sua vitoriosa carreira
esportiva.
A velha
guarda sabe de quem estou falando: formado nas divisões de base do São Paulo, o
ponta esquerda Luís Marini, até 1952, era escalado entre os titulares. Em 1953,
foi emprestado ao Noroeste, para brilhar naquele ataque que fez os gols do
acesso à Primeirona: Colombo, Zeola, Brotero, Ranulfo e Luís Maríni.
Sem
cerimônia, me cedeu várias fotos. Capturei outras, inclusive cobiçadas pelo
cunhado do Luís, o fanático noroestino-corintiano Luciano Dias Pires.
Como essa
foto de 1954, Luís Marini (à dir.) ao lado do meia carioca Ranulfo, cérebro
daquele time campeão, pouco antes de um jogo contra o Corinthians, pelo
Paulistão, no estádio. até hoje, mais bonito e querido de São Paulo, o Pacaembu, com a bela concha
acústica ao fundo...
Em 1940, a inauguração do complexo esportivo do Pacaembu. |
AH! O
CHARMOSO PACAEMBU
Inaugurado
em abril de 1940, pelo presidente Getúlio Vargas, mais o governador Adhemar de Barros, e o prefeito
Prestes Maia, na presença de 70 mil pessoas, o Pacaembu, compreendia o campo de
futebol, arquibancadas, ginásio de esportes, pistas de atletismo, piscinas,
quadras de tênis, e uma vistosa concha acústica reservada à apresentações
culturais.
Invariavelmente,
os locutores de rádio, quando começavam as transmissões, para orientar os
ouvintes, disparavam:..."à nossa direita, o gol da concha acústica, à
nossa esquerda o gol dos portões monumentais".
Até 1970,
quando o recém nomeado prefeito Paulo Maluf decidiu demolir a concha acústica e
construir aquele monstrengo chamado tobogã...
João F. Tidei Lima/Historiador