Noroeste ‘corre’ para montar o elenco

O ritmo de trabalho no Noroeste segue a urgência que o atraso na preparação dita. O técnico Amauri Knevitz se desdobra entre reuniões e deliberações com a diretoria e o treinamento da equipe. Até o momento, o time já fez quatro contratações, que só faltam serem anunciadas oficialmente. Chegaram o volante Kasado, o meia Velicka, o atacante Roberto e, ontem, o goleiro William, de 22 anos, revelado pelo Cruzeiro, e ex-Santo André, Boa-MG e Juventude-RS.

“É correr atrás do tempo. Conseguimos encaminhar algumas situações, alguns jogadores já vieram e no decorrer desta semana outros atletas chegarão. Até o final da semana teremos um grupo com muito mais atletas. Minha intenção é começar a semana que vem com o grupo quase completo”, planeja o treinador.

O treinador afirma que o intuito é contar com cerca de 28 jogadores no elenco. “Penso que entre dez e 15 jogadores serão contratados. É a necessidade do momento, contando com os meninos que estão aqui para termos um bom número de jogadores e não termos problemas. Porque tivemos problemas da outra vez por lesões, cartões e isso a gente quer ver se evita”, argumenta. Knevitz explica que o Noroeste também tem procurado se cercar de precauções no momento de contratar para correr pouco risco de errar, já que o tempo de preparação é curto.

O técnico analisa os reforços que chegaram. “Só o goleiro (William) que eu não conhecia. Mas está dentro daquilo que o clube e a gente precisava no momento. O treinador de goleiros, o Marcão (Romano), conhece o atleta e tem boas referências. O Roberto eu já conhecia, foi meu atleta no Corinthians Paranaense. O Velicka é um jogador conhecido no Interior de São Paulo e dispensa apresentações. E o Kasado é um volante que nos agrada pela característica. Nunca foi meu jogador, mas já conhecemos por vê-lo jogar”, declara.

Com vários jogadores das categorias de base alvirrubras à disposição, Knevitz não faz projeção de quantos terão oportunidade na Série A-2. “Não se pode mensurar isso. Vamos ficar dentro da necessidade e das possibilidades do clube. É claro que os meninos serão usados. Tem os meninos que estavam com a gente já naquela época (2010), o França, o Juninho, o Mizael, o Magrão, o Léo. Mas, destes, parece-me que o França subiu, cresceu e deixou de ser uma promessa para ser uma realidade. O Mizael e o Juninho também são jogadores que a gente sabe que estão prontos e automaticamente criarão seu espaço dentro do grupo. São jogadores que a gente conta”, define.

Knevitz afirma ainda que está observando os garotos da nova safra noroestina e o time que vai disputar a Copa São Paulo de Juniores, em janeiro. A ideia do treinador é ter uma equipe mesclada para não ficar desequilibrada
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Zagueiros
 

Uma das posições mais carentes do elenco noroestino, a zaga deve receber reforços nos próximos dias. Knevitz faz uma análise do futebol brasileiro para explicar as dificuldades que o clube vem enfrentando para contratar bons atletas para a posição. “Depois da Internet, depois que o mundo ficou pequeno pela eletrônica, ninguém mais quer ser zagueiro. Os meninos crescem vendo os atacantes fazer gol na Europa e, no Brasil, ninguém mais cresce zagueiro. Isso é só uma observação, mas é a realidade. Então, é uma dificuldade maior”, comenta.

O treinador, porém, revela que os nomes já foram escolhidos e mostra confiança no bom desempenho dos reforços. “Já fizemos duas ou três contratações de zagueiros, que penso vão dar uma boa resposta. É questão de dias para eles estarem chegando. Precisamos de três, quatro zagueiros. Hoje, efetivamente, em condição de jogar só temos o Marcelinho. Mas penso que os contatos estão acontecendo e as contratações também”, conclui.
Wagner Teodoro/Jornal da Cidade

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