MEMÓRIA DA BOLA


Em 1970, à esq. no fundo, Galvão, entre jogadores e colegas do rádio
ONZE CAMISAS F.C.

Fim de ano, hora de balanço, faz bem para a memória, evocar uma personalidade  como José Carlos Galvão de Moura, que, infelizmente, nos deixou há tempos. Ferroviário durante 30 anos, presidente da extinta e saudosa Aceb em 1970, redator e fotógrafo do antigo Diário de Bauru, comentarista a partir de 1969, na equipe comandada por Walter Lisboa, na PRG-8 Bauru Rádio Clube, e de 1978 em diante, na Jóvem Auri-Verde, mais tarde microfone do filho Cacau.
Autor de Onze Camisas F.C., de 1980, uma visão lúcida da difícil sobrevivência dos pequenos clubes do interior, o nosso E.C.Noroeste incluído. Rebaixado em 1966, até o retorno festejado em 1970.
Depois da vitória decisiva contra o Nacional no Parque Antárctica, a merecida comemoração no restaurante do Ceasa. Ao fundo, a partir da esquerda, o comentarista Galvão Moura e o repórter de campo, meu irmão, Tidei de Lima, da PRG-8, além do antigo colega Lazinho, então na Bandeirantes de São Paulo. À frente, o lateral Bonfim e, copo na mão, o goleiro Chiquinho.



Esse Noroeste, que subiu em 1954, vivia uma outra realidade
O OUTRO NORUSCA

O Galvão de Moura, para fazer o diagnóstico do Norusca do seu tempo,  também focou aquele do passado, o chamado Demolidor Ferroviário.
Que aparece na foto, de 1954, sem o artilheiro Zeola, recebendo as faixas de campeão do interior, em Bragança Paulista: em pé, da esquerda para a direita, Louro, Nelson Faria, Mingão, Tuim, Sidney, Vila, Osvaldo e Aldo; agachados, Colombo, Julinho, Brotero, Ranulfo e Luís Marini. O ponta Luís Marini e Zeola seguem morando em Bauru.
O Galvão sabia da realidade diferente daquele campeão. Era o chamado Clube da Estrada, todos os jogadores na folha de pagamento da ferrovia, sem problema de salários atrasados, etc.
Hoje, segundo consta, no Noroeste, dirigido por Damião Garcia, também não existe esse problema. Mas, com toda a certeza o nosso Galvão de Moura gostaria de ver as Onze Camisas envergadas por jogadores competentes, escalados por uma comissão técnica à altura, e  articulada com a presidência em tempo integral. E ainda, na série A-1, lado a lado com os grandes...
João F. Tidei Lima/Historiador


Postar um comentário