MEMÓRIA DA BOLA



Em 1959, Silvio de Oliveira, (à esq.), com Friedenreich e Pelé
SAUDADES DA ACEB

Às portas da década  de 1960, o Brasil mudando a capital para o interior, politização em alta, a sociedade discutindo reformas, categorias profissionais se organizando, os cronistas esportivos da cidade se mexiam para entrar em sintonia com o resto do país. 
Dez anos antes tinham fundado a ACEB-Associação dos Cronistas Esportivos de Bauru, hoje extinta. O Brasil, com a melhor geração de futebolistas da sua história, ainda comemorava o título mundial de 1958 na Suécia.
Oportunidade para homenagear a maior estrela do nosso profissionalismo, o bauruense Pelé. E também um outro gênio, dos tempos do futebol amador, Arthur Friedenreich (1892/1969).

Naquele 1959, o presidente da ACEBJehovah de Oliveira, o  saudoso Valzinho, presidiu o encontro, no edifício Drogadada, sede da entidade.

A foto mostra, no fundo, à esquerda, de paletó e gravata, Lima, capitão da seleção bauruense de basquete. À frente, da esquerda para a direita, o jornalista Silvio de Oliveira, da ACEB, Friedenreich e Pelé.
Lima e Silvio, saúde em órdem, continuam circulando pela cidade


Agachado, gorrinho na cabeça, Waldemar de Brito ainda batia bola em 1952
ELE ENSINOU O REI

À esta altura  do campeonato, é bobagem ficar discutindo a genialidade do Pelé. Mas não é perda de tempo, lembrar que ele teve um mestre - Waldemar de Brito - no ensino de vários fundamentos.
Waldemar de Brito (1913/1979) foi parceiro do Friedenreich, como atacante do São Paulo na década de 1930. Em 1946 desembarcou no Bauru A.C. para ser técnico e jogador. Daí a pouco estava orientando o Baquinho. Com ele o Pelé aprendeu acabecear e a chutar com os dois pés, além de outras manhas.
 Em 1952, Waldemar ainda batia suas bolinhas, na várzea,  campeão do Torneio Início da Liga Bauruense de Esportes,  peloSanbra. Como aparece na foto: em pé, à partir da esquerda, Vidal, Djalma, Polido, Aryél, Lídio e Lúcio; agachados, Sergipano, Lima, Waldemar de Brito, Pinheiro e Ditinho.
Para fechar o ciclo, em 1956, como é sabido, antes de se mudar para São Paulo, Waldemar de Brito encaminhou o Pelé para a Vila Belmiro.
João F. Tidei Lima / Historiador



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