MEMÓRIA DA BOLA


Em 1941, o presidente Vargas lotou o estádio de São Januário
LOTAVA ESTÁDIOS...

Até 1930, o Brasil era governado como se fosse um conjunto de grandes fazendas, de café, de gado,  de açúcar, de algodão, de cacau...
De repente, a Revolução mudou o quadro. Seu líder, o gaucho Getúlio Vargas, costurou um modelo político populista, e entronizou o país no mundo industrial.
Craque sem similar até hoje, na história da nossa República, a partir dos anos 1940, usou sistematicamente os estádios de São Januário, no Rio, e do Pacaembu, em São Paulo, para anunciar, a instituição do salário minimo, a criação de uma infra-estrutura sindical, a Consolidação das Leis do Trabalho, etc. Como aparece na foto, onde desfilam, no campo do Vasco da Gama,  operários e futebolistas da fábrica de tecidos Bangu.
O último lance de Getúlio Vargas no jogo político, foi reagir à tentativa de golpe militar em 24 de agosto de 1954, praticando o suicídio. Conseguiu virar o jogo, "saindo da vida para entrar na história". Vitorioso e consagrado.
Getúlio visitou Bauru por três vezes. Numa delas, jantou na casa do amigo João Simonetti, o pioneiro do rádio e da televisão na cidade.

Esse Palmeiras de 1954, passeou no gramado do velho Alfredão

DEITAVA E ROLAVA

Dia destes cruzei com o Barbosa Jr., dono das madrugadas no microfone da Auri-Verde.
Primo do Gilto Avallone, conselheiro do Palmeiras, lembrou que nos dois primeiros anos do Noroeste, na Primeirona, o Verdão era o único dos grandes que se impunha, sem dificuldade, no velho Alfredão.
Deitava e rolava, como no Paulistão de 1954, com a formação da foto: em pé a partir da esquerda, Manoelito, Cardoso, Laércio, Valdemar Carabina, Gérsio e Valdemar Fiume; agachados, Liminha, Humberto, Nei, Jair e Rodrigues. Enfiou 4 a 2 no Norusca. No ano seguinte, impôs 3 a 1, também aquele passeio. Barbosa Jr. jurou por Deus que o seu tio, Lito Avallone,  pai do Gilto, palmeirense apaixonado, e velho amigo do influente árbitro João Etzel Filho, nunca pediu nada para favorecer o Verdão...
Verdade que custeava algumas mordomias para o Etzel, mas sem segundas intenções...na opinião do meu amigo e leitor Barbosa Jr.

João F.Tidei Lima/ Historiador







Postar um comentário