Técnico da equipe sub-20 Jorge Saran assume o Noroeste com a ingrata missão de salvar o time do desastre do rebaixamento mas, para isso, terá de fazer o que até agora não conseguiu em jogos oficiais: vencer
Sua missão não será nada fácil. Das três partidas que restam, o Noroeste precisa vencer duas para fugir da degola. Serão dois jogos fora de casa e apenas um no estádio Alfredo de Castilho, e ainda por cima contra o São Paulo.
Trabalhar com prazo curto não é novidade para o treinador. Ele chegou ao clube em agosto do ano passado e teve três meses para montar um time sub-18 e disputar a Copa São Paulo de Futebol Júnior, em janeiro.
Entretanto o retrospecto não é animador. Na Copinha, o Noroeste perdeu as três partidas que fez. Além disso, Saran comandou o Noroeste no empate sem gols contra o Paulista, na sexta rodada.
Mesmo sem vitórias, o elenco garante que o novo treinador tem o perfil necessário para evitar o desastre. “Ele é um cara vibrante, que não deixa o desânimo pegar nos atletas. Tenho certeza que nos ajudará bastante”, comentou o goleiro André Luís.
Os jogadores puderam sentir toda a vibração de Jorge Saran na partida contra a Ponte Preta, no último dia 19. Foi o então auxiliar técnico que reuniu o grupo e pediu mais garra no intervalo da partida, que o Noroeste acabou vencendo por 1 a 0.
Segundo o zagueiro Halisson, a prática é comum do novo treinador.
“Sempre era ele quem motivava o grupo e procurava levantar nossa autoestima”, admite o zagueiro, que fez sua estreia pela equipe justamente na partida em que Saran comandou o Noroeste como interino.
O treinador já afirmou que deverá haver mudanças na forma de trabalhar. Ele, aliás, foi o primeiro a utilizar três zagueiros. “Temos que fazer algo diferente. Não adiantaria nada eu entrar e manter o que estava sendo feito. Esta será uma semana de muito trabalho”, discursa Saran.
Por Gustavo Longo ( Agência Bom Dia)
