Modificado, Noroeste encara Americana para conquistar primeira vitória e espantar "onda"de empates.
O Noroeste enfrenta hoje o Americana em busca da tão desejada primeira vitória no Campeonato Paulista 2011 – o time obteve quatro empates nas quatro primeiras rodadas. Para vencer no Alfredo de Castilho, às 19h30, na quinta rodada da competição, o técnico Luciano Dias sacou o atacante Zé Carlos para a entrada de Vandinho e manteve Aleílson. Já Otacílio Neto e o goleiro André Luís foram vetados pelo Departamento Médico.
A falta de gols do ataque, somada à pressão por vencer hoje de qualquer maneira, tiraram qualquer dúvida do treinador para alterar seu setor ofensivo. “Por que nós mudamos?”, pergunta o treinador para oferecer a sua resposta: “Porque é hora de mexer. São quatro partidas e nosso ataque não funcionou até agora. Nós temos a defesa se sobressaindo no setor ofensivo”.
Dias explica que não altera a filosofia de jogo da equipe, que fez um bom primeiro tempo no empate em 2 a 2 contra o Bragantino, na última quarta-feira. “Vou manter a estrutura do meio para trás e mexi na frente, porque vi que, com um centroavante e o adversário jogando com três zagueiros, nós não conseguimos usar bem nosso centroavante e, também, porque nosso ataque não está funcionando”, define.
O técnico pretende ter um setor ofensivo com muita movimentação, já para aproveitar eventuais espaços deixados pelos alas do Americana, que avançam muito. Dias entende que Aleílson e Vandinho são jogadores de velocidade e que, em jogadas individuais contra os zagueiros, possam criar chances reais de gol. Outra novidade é a manutenção de Thiago Marin na articulação fazendo o balance para o avanço até a linha de fundo do lateral-esquerdo Gleidson. Do outro lado, Ricardinho poderá fazer o mesmo com Márcio Gabriel, que volta à equipe após cumprir suspensão automática contra o Bragantino.
Para o treinador, a presença simultânea dos meias Ricardinho e Thiago Marin dá equilíbrio ao time. O treinador já identificou que o meia Ricardinho tem sido sobrecarregado na armação no esquema com três atacantes, em que Zé Carlos fica como referência. “Com dois armadores temos condição de dar mais liberdade para esses nossos laterais, aonde tivemos alternâncias. Em um jogo, o Márcio aparecendo mais e, no outro, o Gleidson”, argumenta.
Dias espera encontrar espaços pelas beiradas do campo contra o Americana. Ele analisa que o adversário de hoje tem uma boa compactação, marca com três zagueiros e dois volantes, tem dois meias-atacantes que atuam pelas laterais e um jogador de referência no comando do ataque. O treinador noroestino não se ilude com a primeira derrota do Americana, 4 a 3 para o São Paulo, na última quarta-feira. “É uma equipe que tem qualidade, mas também dá alguns espaços”, reflete.
Um adversário bem colocado na classificação merece marcação redobrada. A entrada do volante Júlio César no lugar de Marcelinho será mantida. Dias entende que Júlio tem mais força para a marcação e cobertura. Quanto a Francis, o técnico elaborou que seu perfil não é de um marcador que fique na proteção. “Tem cumprido muito bem essa função mas eu vejo que para dar essa liberdade para os nossos dois laterais, temos que ter um (volante) com um pouco mais de força e que dê uma atenção defensiva para proteger a subida dos laterais”, ressalta.
Dias não alterou somente o ataque da equipe. O meia Altair aparece no lugar de Doda entre os sete jogadores extras que formam o banco de reservas. Entre os jogadores relacionados para a partida de hoje aparecem na suplência o goleiro Nicolas, o lateral Gustavo, o zagueiro Halisson, Marcelinho, e os atacantes Zé Carlos e Diego, além do meia Altair.
Por Ricardo Santana (Jornal da Cidade)
