MEMÓRIA DA BOLA


A PANELA NAQUELES TEMPOS...


foto: Esses mágicos do basquete superlotaram a Panela em 1956
Esse belo basquete orientado pelo mestre Guerrinha, assim como a numerosa e entusiástica torcida, disputando lugar para dar o seu apoio, merecem dos poderes públicos locais uma resposta à altura. E que já está muito atrasada.
A reclamada Panela de Pressão, como se sabe, teve em junho de 1956 uma inauguração oficiosa, mas grandiosa, fruto da sempre necessária sintonia entre os agentes públicos nas várias instâncias: o eng. Ubaldo Medeiros, diretor da E.F.Noroeste do Brasil, proprietária do ginásio, o eng. Luís Edmundo Coube, presidente da Comissão Central de Esportes, e o prefeito Avallone Jr., o Nicolinha.
Não esqueço da Panela superlotada para ver os Globetrotters. Um basquete que eu nunca tinha visto: lances de efeito, fintas desconcertantes, truques e combinações malucas, encantando e arrancando gargalhadas a um só tempo.
Formados (até hoje) exclusivamente por negros,desde 1927, os Harlem Globetrotters, antes de passarem por Bauru, tinham feito duas exibições no Rio, levando 50 mil pessoas ao Maracanãzinho.


UM SAUDOSO 1956


foto: Zé Carlos Coelho (no centro) era o curinga da Lusa em 1956.
Um 1956 para Bauru não esquecer: além da inauguração da Panela, a instalação do Corpo de Bombeiros, a abertura do Jóquei Clube, 33 cidades desembarcando para os Jogos Abertos do Interior...Sòmente o Norusca ameaçava sair dos trilhos.
Foi mal no torneio de classificação da FPF, e acabou disputando o Paulistinha, em vez do Paulistão, onde estavam os chamados grandes. Entre eles, a Portuguesa, de saudosa memória.
E com um curinga começando a carreira, o nosso Zé Carlos Coelho, bauruense de coração, astro do grande Noroeste dos anos 1960.
Nomeado pela imprensa como "De Carlo", o Zé era escalado de ponta à ponta. Na foto, aparece naquela que, depois, seria sua verdadeira posição: a partir da esquerda, Liminha, Zé Amaro, Zé Carlos, Ipojucã e Edmur.
Por João F.Tidei de Lima 

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