Esporte, política, business e esporte... o ciclo do sucesso

David Dein, vice-presidente do Arsenal e fundador da Premier League, definiu bem a palavra "Sucesso" no contexto esportivo. Das tristes lembranças das tragédias de Heysel e Bradford, da longa suspensão imposta pela Fifa aos clubes ingleses até a atual PremierLeague, o maior e mais lucrativo campeonato nacional do mundo, muitas vitórias foram conquistadas pelos ingleses - que disputam com os russos a Copa de 2018 - mas antes aprenderam muito com seus próprios erros. Um dos poucos homens nesse mundo que engrossou com Margaret Tatcher, MrDein se juntou a mais 4 presidentes de clubes e colocaram um fim ao amadorismo administrativo nos clubes ingleses. Após os incidentes em Heysel e Bradford, com centenas de mortos durante jogos de futebol, versa a história surgida após uma longa suspensão da Fifa, de um povo que aprendeu com seus próprios erros, hoje tem o campeonato nacional com 92% de média de público presente nos estádios mais bem estruturados do mundo. Um exemplo de sucesso, negócios, estruturas e principalmente Gestão Esportiva. Como Peter F. Drucker expõe em sua doutrina, os erros são os melhores indicativos para o sucesso de quem realmente é apaixonado pelo que faz.

Os inventores do futebol recriaram o modelo do futebol a ser seguido em seu ciclo: Esporte, Política, Business e Esporte, uma nova corrente em gestão esportiva a ser explorada. Não é por acaso que a Copa de 2018 com total certeza será na Inglaterra. O Soccerex, que aconteceu no Rio de Janeiro, é um indício disso, pois maioria dos participantes são ingleses, que grande coincidência, não? Nós, brasileiros que vamos sediar 2014, temos que refletir muito nosso planejamento para a Copa. Aprovar estádio de abertura pra o Mundial que nem tem processo na Prefeitura de São Paulo é no mínimo contramão da nova gestão esportiva.

O que tem que ficar claro para os homens que detêm o poder político nas mãos é que o Esporte tem finalidade de Esporte e tem que ser gerido por profissionais capacitados, que entendem do assunto e que acima de tudo são apaixonados pelo que fazem. Política, business, vaidades pessoais também fazem parte do jogo, mas não podem ser a única finalidade, se não a gestão esportiva fracassa e logo to-dos perdem. Esporte para o Esporte, assim todos ganham. Que venha a Copa de 2014, Olimpíadas 2016 e Jogos Abertos 2012. Chegou a hora de mostrar trabalho.
 

O autor, Leandro Alves Ribeiro, é jornalista e estudante de administração de empresas da Faculdade Anhanguera, desenvolve atualmente o Projeto Cedesp - Centro de Desenvolvimento Esportivo, na Secretária Municipal de Esportes - Semel, em Bauru
Fonte: Jornal da Cidade

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