O teimoso Noroeste está de volta ao completar 100 anos



O Noroeste não deixa por menos. É um rebelde, um teimoso. Com o empate em São José dos Campos (1x1) já antecipa seu retorno à elite do futebol paulista. Caiu o ano passado e já retorna à Série A1. Aliás, feito que também realizou na década de 80.

Vou aproveitar a matéria muito legal do jornalista e companheiro de tantas e sofridas jornadas, Erlinton Goulart, assessor de imprensa do Noroeste, para recordar um resumo da história noroestina.

O primeiro acesso deu-se em 1953/54. Noroeste, Marília, América, Bragantino, Paulista e Ferroviária disputaram, em turno e returno a fase final e em 23 de maio de 1954, em Bauru, com dois gols de Zeola, o Noroeste venceu o Marília por 2 a 0. O time comandado pelo técnico Pepino tinha Sidney, Osvaldo e Vila; Nélson Faria, Mingão e Amaro; Colombo, Zeola, Brotero, Ranulfo e Luiz Marini.

Em 1970, dia 24 de setembro, sob o comando de Muca, no Palestra Itália, em São Paulo, o Noroeste venceu o Nacional da capital, por 1 a 0, gol do atacante Fedato,emprestado pelo Palmeiras. O segundo acesso foi com Chiquinho; Romualdo, Luisão, Marco Antônio e Bonfim; Nascimento e Foguinho; Odair Cologna, Márcio, Fedato e Mário Augusto (Ramos).

Com 18 gols do artilheiro Osmair e 14 de Jenildo, o Noroeste alcançou o seu terceiro acesso à A1 em dezembro de 1984, vencendo em Jaú, o União Agrícola Barbarense. O time começou o campeonato sob o comando de Varlei Batista Carvalho, depois Zé Rubens e coroou o acesso com Norberto Lopes.

Além do Noroeste e União Agrícola, Vocem de Assis e Paulista de Jundiaí disputaram as finais. O time base: Sílvio Luiz, Edinho, Jorge Fernandes (Dedê), Carlos Alberto e Ferreira; Marcão, Bira (Jorge Maravilha) e Jenildo; Amauri, Osmair e Jânio.

Dois anos mais tarde, o quarto acesso, conquistado 10 de fevereiro de 1987, com vitória, novamente, sobre o União Agrícola Barbarense, em Campinas, por 2 a 1, gols de Vadinho e Rodinaldo. Bandeirante de Birigui e São Bernardo também disputaram as finais.

Treinado por Varlei Batista Carvalho o Noroeste contou com Silvio Luiz, Sebben, Sidnei, Juliano e Ferreira; Vitor Hugo, Edinho e Vadinho; Edu, Pato e Rodinaldo.

Domingo, 12 de junho de 2005, mais de 15 mil pessoas no Estádio “Alfredo de Castilho” e o Noroeste comandado pelo técnico Paulo Comelli, retorna, após 12 anos, à elite do futebol Paulista.

Com, dois gols de Renatinho, Edmílson e Osni, o time goleou o Bandeirante de Birigui por 4 a 0, conquistando o acesso por antecipação. Jogaram: Maurício; Cacá, Bonfim, Renato Carioca e Rogerinho; Alan (Gileno), Gilmar Fubá (Borebi), Edmilson e Luís Carlos; Jorge Henrique e Renatinho (Osni).”

Essa conquista vem glorificar os 100 anos do Noroeste, trazendo um peso histórico que nunca mais será apagado da vida do clube. Por esse aspecto pode-se dizer que se trata de uma das mais importantes conquistas do E.C.Noroeste, marcando definitivamente a passagem do empresário Damião Garcia pela presidência da agremiação.

Gostaria de prestar uma homenagem aos nossos companheiros de Lins, onde tenho muitos amigos na imprensa local. O C.A. Linense, o conhecido Elefante da Noroeste conquistou o título máximo da Série A2 e, depois de 52 anos está de volta à elite do futebol paulista.

O Linense subiu em 1952 e disputou a então Primeira Divisão de 53 a 57, quando foi rebaixado, para retornar apenas agora em 2010. Enfrentou muitas dificuldades em sua caminhada, ficando afastado, de licença por duas vezes: Em 1959 e 1960 e de 1993 a 1998.

A cidade de Lins sempre teve uma torcida guerreira. As estatísticas e pesquisas mostram que Lins tem um dos maiores índices de torcedores, que vão regularmente ao estádio, para um time local. Cerca de 15% da população costuma acompanhar os jogos no Estádio Gilbertão.

São Bernardo também já garantiu sua vaga e é o caçula da Série A1, integrando pela primeira vez essa divisão da FPF. Guaratinguetá, a exemplo do Noroeste também voltou à elite.
Por: Paulo Sergio Simonetti



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