Aos 26’ do segundo tempo, Marcelinho acreditou na bola quase perdida, e cruzou para Zé Carlos subir e marcar de cabeça. Com o gol do seu matador, o Noroeste voltou à elite do futebol paulista. “Entender de futebol todo o mundo entende, quero ver entender de Noroeste”. Escrevi isso na década de 70, aqui no JC, e essa frase entrou para o folclore da crônica esportiva.
Todo o clube vive fases positiva e negativa, mas com o Norusca aconteciam coisas incríveis, como a destruição do estádio por um incêndio. Ainda na década de 50, usou o uniforme do Comercial no jogo contra Juventus, porque o roupeiro esqueceu a bagagem – camisas, calções, meias e chuteiras – na plataforma da estação ferroviária de Bauru. Em 1966, o Norusca foi rebaixado, mas derrubou o líder Corinthians no Parque São Jorge, além de vencer o Palmeiras, que acabou sendo o campeão daquele ano. Em 1999, só precisava empatar com o Paraguaçuense para seguir na Série A2; vencia por 2 a 0, porém, levou a virada a 12 minutos do fim e caiu para a A3.
Mas as coisas mudaram na década atual, como acreditava Celso Zinsly, ao mandar pintar a seguinte frase no estádio: “Noroeste - novo tempo, nova realidade”. Já entendo de Noroeste, que se organizou e agora é outro. Tanto que caiu em 2009 e subiu em 2010. Sem sufoco. Pelo contrário, com uma rodada antecipada.
Por:Leonardo de Brito(Jornal da Cidade)