Enfim, chegou o grande dia para o Noroeste no ano de seu centenário. Depois de passar 12 dias confinado no paradisíaco balneário de Serra Negra, na região de Campinas, o time inicia hoje, contra o Grêmio Esportivo Osasco (GEO), a “guerra” pelo acesso à Série A-1 do Campeonato Paulista. O jogo será às 16h, no estádio José Liberatti, em Osasco.Os momentos de serenidade vividos entre as montanhas serão deixados para trás, já que o foco agora é superar o adversário desta tarde. Apesar de ser um dos caçulas do futebol brasileiro (o GEO foi fundado em 2007 e ainda não possui nem site oficial na Internet) e ter uma diretoria que é dada a pechinchar na hora de contratar jogadores, o clube de Osasco já conseguiu dois acessos seguidos no Paulista e fará de tudo para abocanhar o terceiro.Os dias passados na concentração serviram para aproximar o elenco alvirrubro. Ontem, a reportagem do Jornal da Cidade teve a chance de acompanhar de perto o último treino do Norusca, antes da estreia na Série A-2. Foi possível notar que o ambiente no time era de bastante descontração, companheirismo e confiança.O técnico Amaury Knevitz preferiu aproveitar a pré-temporada para trabalhar a parte tática com os atletas. Na opinião dele, o segredo para o sucesso do time na competição pode estar nos detalhes. “A Série A-2 é um campeonato muito equilibrado. Chutar a bola para frente todo mundo sabe. O que precisamos é encontrar um diferencial”, acredita. Knevitz lembra que os times da Série A-2 têm elencos muito parecidos (no que diz respeito à qualidade técnica dos jogadores). “Além disso, parece que a luta para subir é maior do que a para permanecer na Primeira Divisão”, pensa o treinador. Diferentemente de seus antecessores, que adotavam o estilo “xerifão” e adoravam falar grosso com os jogadores, Knevitz prefere ser mais diplomático no trato com seus comandados. Dificilmente perde a calma e quase nunca grita, mesmo se está contrariado.Knevitz sabe que só poderá atestar a qualidade de seus jogadores quando eles entrarem em campo para disputar uma competição de verdade (até agora, eles só fizeram jogos-treinos). Porém, ele fez questão de elogiar o time, durante a entrevista exclusiva ao JC. “Eles (os atletas) estão comprometidos com os objetivos do clube. Nem digo que, hoje, nosso maior sonho seja o título do torneio. A taça seria a cereja do bolo. O que queremos, de fato, é conquistar a vaga para a Série A-1”, afirma.Ontem, na despedida de Serra Negra, Knevitz deixou a tática um pouco de lado e resolveu atender a uma reivindicação que elenco vinha lhe apresentando desde o começo da pré-temporada: deu um treino recreativo (o popular rachão). Depois disso, os atletas fizeram alongamento. À tarde, os jogadores relacionados para a partida contra o GEO já estavam hospedados num hotel, em Osasco.
Mistério
Knevitz teve algumas dores de cabeça na hora de escalar o time para a estreia na A-2. Almir Dias levou uma pancada durante o treino contra o Itapirense e passou a ser dúvida para o confronto de hoje. Índio também não joga. O lateral está com tendinite e será substituído por Giba. Ontem, ele nem participou do rachão com os colegas. Ficou o tempo todo treinando em separado.O técnico preferiu esconder a escalação do Noroeste para a estreia no Paulista da A-2. Disse que o time titular só será revelado minutos antes do jogo. A situação é bastante parecida com a do GEO, que também não divulgou ainda qual será sua equipe base para a disputa do torneio. Knevitz admitiu, porém, que poderá adotar o esquema 4-4-2, com Marcinho no meio-campo atuando como “elemento surpresa” na frente (um terceiro atacante que chega de trás). Se o sistema será ou não ofensivo, o técnico não se arrisca a dizer. “Isso dependerá da forma como os jogadores irão se portar em campo”, salienta.
Credito:Rodrigo Ferrari-Jornal da Cidade/ Enviado especial a Serra Negra e Osasco