MEMÓRIA DA BOLA


Pitico era um dos líderes dessa Ponte Preta de 1965
PRAGA DE MÃE

Em 1965 a Ponte Preta de Campinas alinhou para a foto os seguintes jogadores: em pé, a partir da esquerda, Albano, Bruninho, Andu, Lindoia, Pitico e Carlinhos; agachados, Noca, Baltazar, Paulinho, Friaça e Cido.
Fundada em 1900, a Ponte chegou à Primeira Divisão em 1951, mas, logo em 1960 foi rebaixada. Antigo ídolo, o médio Pitico, injustamente, foi quase banido do estádio Moysés Lucarelli.
Humilhado, recolheu-se num silêncio de cemitério. Mas não a sua mãe, que, indignada bradou contra a injustiça. Lançou uma maldição: a Ponte ficaria 7 anos na Segunda Divisão.
Passando ao largo da ameaça, a Ponte tratou de montar um time competitivo para voltar, sem demora, ao convívio com os grandes. A disputa tinha lá os seus imprevistos. Até que uma vez deu certo, e a velha Ponte Preta voltou à Primeirona...exatos 7 anos depois!
Não existe em Campinas pontepretano da velha guarda que não conheça e não acredite na força da Praga da Mãe do Pitico.

O ponta Germano e a condessa italiana Giovana Augusta

RUMO Á NOBREZA ITALIANA

Lá por 1962 chamava a atenção no Flamengo o ponta esquerda José Germano de Sales, o Germano, irmão do Fio Maravilha.
Rápido, drible fácil, chute forte e certeiro, não demorou para ser vendido ao Milan da Itália. Mas, a fama, consolidada em pouco tempo, não viria das façanhas nos gramados, e sim do namoro com a condessa Giovana Augusta, da estirpe aristocrática que tinha sobrevivido à revolução burguesa na Itália.
Família rica, orgulhosa, preconceituosa, e com poder para forçar o Milan a descartar Germano, emprestado ao Palmeiras em 1965, e depois ao futebol belga em 1966. A condessa fugiu e foi reencontrar o amado na Bélgica, casaram, tiveram uma filha e não viveram felizes para sempre.
Em 1970 o casamento chegou ao fim. Germano morreu em Minas, em 1997, aos 55 anos.

João F. Tidei de Lima/ Historiador

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