MEMÓRIA DA BOLA


CUIDADO COM A INVENCIBILIDADE!

Mais de meio século atrás, era muito disputada uma tal Taça dos Invictos, instituída pelo jornal A Gazeta Esportiva, com justiça celebrado como "o mais completo jornal de esportes  do continente"!
Ano de 1957, reta final do Paulistão, antepenúltimo jogo, o Corinthians completava 25 jogos sem derrota e tinha a posse definitiva da taça. Campeonato quase no fim, o Timão já se sentia campeão. Mas, depois de ter liderado  de ponta a ponta, no penúltimo jogo acabou sendo derrotado pelo Santos (1 a 0), e na última rodada  perdeu (3 a 1) e deu o título ao São Paulo. Com a formação da foto: em pé, a partir da esquerda, Alfredo, Idário, Oreco, Valmir, Olavo, Gylmar; agachados, Cláudio, Luizinho, Paulo, Rafael e Boquita.


ELE CONHECIA O   PERIGO

Naquele campeonato de 1957, o técnico do Corinthians era o respeitado Osvaldo Brandão. Que sabia, como poucos, tirar lições das adversidades.
Conferindo: Paulistão de 1972, reta final, o Palmeiras, orientado por Osvaldo Brandão avançava  como líder e invicto. Cada jogo parecia uma decisão, Brandão sentia os jogadores vergados pelo peso da dupla responsabilidade.
Por isso, experiente e supersticioso,  inventou um jogo-treino num  meio da semana , contra o pequeno Nacional A.C. Com dez minutos de bola rolando, o centroavante do Nacional jogou-se na área e o Brandão marcou pênalti. O Nacional cobrou e converteu, 1 a 0. Jogo reiniciado, Brandão apontou o centro do campo: "Acabou o jogo, vem chuva braba por aí. Perdemos a invencibilidade!  Estamos livres dessa responsabilidade!"
Nas últimas rodadas,  o Palmeiras continuou vencendo  e acabou campeão...invicto!

 João F. Tidei de Lima/ Historiador

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