MEMÓRIA DA BOLA


GÊNIO DO TABLADO

Essa tal luta que acabou por vitimar o Anderson Silva deveria ser banida dos tablados. É, no mínimo, uma estupidez. Um vale tudo que não tem  nada a ver com o pugilismo tradicional. Que a gente acompanhava até madrugada adentro.
Principalmente quando subia ao tablado o genial peso pesado  Cássius Marcellus Clay, norte-americano, estilista excepcional, medalha de ouro nas Olimpíadas de Roma em 1960.
Convertido ao islamismo ao longo dos anos 1960, mudou o nome para Muhammad Ali. Campeão mundial, invencível no tablado,  fora dele descarregava sua fúria contra a segregação racial quase oficial, em várias regiões dos Estados Unidos. Convocado pelas Forças Armadas para formar nas unidades enviadas ao Vietnã, disse um não categórico e, como mostra a foto, acusou: "é uma guerra suja da elite branca". Proibido de lutar, perdeu o título...

DERROTA E RECUPERAÇÃO

O sequestro do título custaria a Muhammad Ali uma prolongada ausência. Retornou em 1971 contra o então campeão Joe Frazier.
Os anos de ausência pesaram na performance do antigo campeão. Com emoção, eu vi, pela TV,  ele cair e, no fim, vergar-se perante o adversário
A recuperação viria em 1974, no Zaire, contra George Foreman. Hoje, aos 72 anos, o grande Muhammad Ali enfrenta o mal de Parkinson.

João F. Tidei de Lima/ Historiador

Postar um comentário