MEMÓRIA DA BOLA




Jogadores desse Noroeste conviveram com a tragédia em 1953
 ANTES DA GLÓRIA A TRAGÉDIA

Aceso na memória, o mês de setembro de 1953, ano da minha mudança para Garça, onde ficaria até inícios de 1956. Sempre em sintonia com o Noroeste, na Segunda Divisão, às vésperas de começar o campeonato para a chegada à Primeirona.
Amistoso preparatório em Adamantina. A delegação viajando no trem da Companhia Paulista. Rápida parada em Garça. Sem que ninguém desse conta, o meia Carlito, garcense, desembarcou. Sòmente à altura de Marilia, dirigentes, técnico e jogadores notaram a sua ausência.
Em Adamantina, o time no vestiário se preparando para entrar em campo, de repente a notícia: Carlito tinha sido assassinado em Garça!
Era meu vizinho. Tinha ido à uma pensão próxima da minha casa para interpelar um hóspede que estaria assediando a sua noiva. O cara saiu, armado de faca, e matou o Carlito, que além de jogador do Norusca era aluno da Escola de Educação Física da atual ITE em Bauru.
Na viagem de retorno, a delegação noroestina desembarcou em Garça, para o adeus ao Carlos Eduardo Alves de Souza, o Carlito. Não esqueço da cena, o caixão coberto pelas bandeiras do Garça E.C. e do E.C.Noroeste. Que oito meses depois, com a formação da foto seria proclamado campeão do Interior: em pé, a partir da esquerda, Nelson Faria, Mingão, Amaro, Sidney, Osvaldo e Vila; agachados, Colombo, Zeola, Brotero, Ranulfo e Luís Marini.

Em 1952, o São Paulo empatou em Garça
 ELE MARCOU NO TRICOLOR

Pouco mais de um ano antes da tragédia, Carlito defendia o Garça E.C., fôrça respeitada no campeonato da Segunda Divisão.
Era artilheiro num melhores ataques da história do clube: Garcia, Carlito, Paraguaio, Cecy e Evaldo.
Provou seu talento no amistoso com o São Paulo em maio de 1952. Antes do jogo, confraternização, como mostra a foto: a partir da esquerda, o capitão do Garça, Altamiro, o capitão do São Paulo, Turcão, e o zagueiro garcense Tão.
Bola rolando, Teixeirinha fez 1 a 0 para o Tricolor, mas o Garça empatou, 1 a 1, gol dêle, Carlito.

João F. Tidei de Lima/ Historiador

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