De antemão já se sabe que a cidade não tem mais ninguém
disposto a levar avante a bandeira noroestina. Décadas já se passaram onde
nomes como Cláudio Amantini, Inocêncio Medina, Ibrahim Cameschi e tantos outros
baluartes se aventuraram nessa empreitada. Hoje a realidade é outra.
Comenta-se que alguns empresários do futebol estariam
interessados em assumir o clube e tentar transformá-lo em algo viável e
rentável. E não é impossível, porque a administração Damião admite que foi
lesada pelos seus administradores locais, que aliás foram contratados pelo
próprio Damião Garcia e seus filhos e neto.
Isso significa que os resultados poderiam e deveriam ter
sido bem melhores, mais proporcionais aos investimentos que foram feitos pelo
empresário da Kalunga. Pela organização e montante do dinheiro os objetivos
alcançados deixaram a desejar. Com certeza a cobrança e a fiscalização tinham
que ser mais contundentes. Cansamos de realçar essa situação em nossa coluna. O
presidente era muito ausente.
Futebol não tem outra forma de tocar, que não seja aquela de
correr junto, ter o ingrediente da passionalidade, da verdadeira loucura, caso
contrário os resultados não aparecem.
O Noroeste ao longo de sua idade centenária sempre viveu na
pobreza, faltando dinheiro e investimentos, com salários atrasados, dívidas com
fornecedores e sobreviveu e até com algumas conquistas significativas.
Na gestão Damião, com organização interna, sem as dezenas de
ações trabalhistas que inundavam a secretaria do clube, com salários
absolutamente em dia, pré-temporadas, e tudo o que um clube de qualidade
precisa, os resultados correspondentes não surgiram.
Cheguei a usar nesta coluna e no Rádio, por muitas e muitas
vezes, a expressão “esse escritório local” que comanda friamente o clube nunca
vai trazer os resultados que todos esperam. Não só não trouxe como parece ter
desviado valores, segundo os próprios dirigentes dos Garcia.
Para finalizar quero deixar claro que sou contra a ideia de
passar o Estádio Alfredo Castilho para a Prefeitura. O clube precisa desse
patrimônio, que foi adquirido por fanático torcedor e ex dirigente Cláudio
Amantini e passado para o Noroeste.
O clube que faça uma parceria com a municipalidade, cedendo
suas dependências para utilização da Prefeitura e tendo como contraprestação a
manutenção de Alfredo Castilho. Acho bom o presidente do Conselho Deliberativo,
Toninho Gimenez rever sua posição.
Paulo
Sérgio Simonetti/ Rádio 94 FM de Bauru