Por que eles voltam?

França/ foto/Cristiano Zanardi/Rede Bom Dia

O França não deve retornar para o Noroeste. Ele foi vendido para um grupo de empresários e repassado ao Criciúma. Ou seja, a não ser que ele seja um desastre completo lá no Sul e ninguém queira ele, dificilmente irá jogar pelo Noroeste de novo.  

O bom filho à casa torna. O provérbio bíblico é válido para a atual situação do Noroeste, que vê suas promessas irem para times da elite, mas retornarem meses depois. O último deles foi o volante França, que ontem mesmo acertou a rescisão de empréstimo com o Coritiba. 

Dessa vez, porém, o clube bauruense não perdeu tempo. Ontem mesmo já acertou outro empréstimo do atleta, dessa vez para o Criciúma, onde será treinado por Paulo Comelli, ex-técnico noroestino. Ele ficará em Santa Catarina até o fim do ano e deverá retornar para Bauru na disputa da Série A-2. 
França é apenas um de outras promessas noroestinas que não conseguiram vingar em clubes da elite do futebol brasileiro. Seja por falta de oportunidade, seja por lesões, eles acabam retornando meses depois (veja alguns exemplos ao lado). 
Desde que o Noroeste reativou as categorias de base em 2010 há uma busca por revelação de jogadores que possam atuar pelo time profissional e, claro, render dividendos aos cofres do clube. Isso, inclusive, foi um dos lemas de João Paulo Garcia quando tomou posse como vice-presidente no início deste ano. 
E a expectativa aumentou ainda mais depois do bom desempenho do time sub-20 no ano passado. A garotada conseguiu terminar na sexta posição do estadual da categoria. Atualmente, os três times (sub-15, sub-17 e sub-20) custam em torno de R$ 1 milhão por ano.
Mas além de ver as promessas retornarem com poucas chances em times grandes, o Noroeste ainda vê poucos jogadores com chances no time adulto: apenas o meia Romário participou da maioria dos jogos do time na Copa Paulista. 

Atletas do sub-15 e Dwann são as ‘exceções’
Mas nem todas as promessas do Noroeste retornam ao clube. Algumas delas conseguem até mesmo se destacarem e se firmarem como titulares de times da elite. Que o diga dois jogadores que saíram do sub-15 no ano passado. 
O zagueiro Matheus Tiuí e o atacante Henrique foram para o Grêmio (numa parceria feita pelo clube) e se estabeleceram por lá. O destaque maior fica para o zagueiro. Ele foi para Porto Alegre em novembro de 2011 e logo se transformou em titular do time sub-15. 
Já Henrique, que se destacou no Paulista sub-15 de 2011 e no meio do ano foi para o Grêmio, ficando por lá. Com relação ao time sub-20, o único que não retornou foi o meia Dwann. Ele foi para o Atlético Mineiro e assinou por três anos. Entretanto, ele se recupera de contusão e voltou aos treinos neste segundo semestre. No caso dos três jogadores o Noroeste tem participação em venda futura. 

Outros casos
Diego, atacante
Atleta chegou em 2010 e logo se destacou no time profissional. Ele passou pelo futebol coreano, retornou e foi emprestado ao Bahia, mas já voltou novamente
Léo, goleiro
Destaque do time sub-20 em 2011, o jovem foi emprestado ao Fluminense. Fez parte do time campeão carioca, mas hoje é opção no banco em Bauru
Victor Hugo, lateral
Também destaque no time sub-20, o lateral esquerdo foi para o Grêmio, mas sofreu com lesões, não teve oportunidades e voltou neste ano para o Noroeste
Ruggieri, zagueiro
Talvez a principal revelação do sub-20 em 2011, o zagueiro foi fazer testes no Grêmio, mas retornou no início do ano e continua no time júnior 

Gustavo Longo/ Bom Dia Bauru


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