Pouco menos de 60 anos atrás esses cronistas entraram em campo |
Lá pela metade da década de 1950, gente de rádio e de jornal, reunida pela Associação dos Cronistas Esportivos de Bauru, a saudosa ACEB, entrava em campo para o costumeiro encontro de confraternização. Primeiro o bate-bola, depois os comes-e-bebes.
A foto registrou, em pé, da esquerda para a direita Luciano Dias
Pires, Pedro Walter Ramos, Walter de Oliveira, Nadyr do Nascimento
Serra, Hilário Pereira Guedes, Correia Júnior e Nilton Silveira;
agachados, Horácio Cunha, Marçal de Arruda Campos, Hélio Alonso, Nelson
Reginato e Jehovah de Oliveira, o popular Valzinho, por sinal, recordista na ocupação da presidência da ACEB.
Quase todos já se foram. Mas, remanescentes, como Luciano Dias Pires, editor do Bauru Ilustrado, e Walter de Oliveira, por exemplo, com saúde e invejável disposição, circulam pela cidade, saudosos daquela ACEB fundada em 1949 e há muitos anos extinta.
Fecho com eles nessa saudade. Ainda tenho a carteirinha de associado da ACEB, número 39, assinada pelo Jota Alvarez, que também circula por aí, vendendo saúde.
Os fotógrafos no campeonato italiano de 1956 |
A ARTE DE FOTOGRAFAR
Um tempo bem recuado, muito longe deste, vivido, por exemplo, por jovens como Cristiano Zanardi e a Juliana Lobato, fotógrafos do Bom Dia. Uma outra tecnologia, nada a ver com o fantástico e sofisticado aparato do nosso dia-a-dia. Como comprova esse flagrante do periódico italiano IL CALCIO ILLUSTRATO, de 1956, registrando o sacrificado alongamento de quase duas dezenas de fotógrafos, estirados, durante 90 minutos, para cobrir a vitória do Bologna, do brasileiro Vinicius (ex-Botafogo), sobre a Roma, do uruguaio Ghiggia, aquele que fez o gol da vitória contra o Brasil na Copa de 1950, no Maracanã. Sobre a difícil arte de fotografar naquele tempo, o flagrante, por si só, dispensa comentário. E olhe que fazia bom tempo, sem chuva, neve, etc. etc.
João F.Tidei de Lima/ Historiador