A equipe
não tem um pingo de inspiração. Não vou dizer que não tem também um pingo de
futebol, pois acredito que tenha o suficiente para um melhor desempenho neste
momento decisivo para garantir sua vaga à Série A1 em 2013.
Penso que o
problema está fora de campo. Não falo de salários, organização, estrutura,
etc., que geralmente são as causas do fracasso. Falo de motivação, foco,
determinação. Há uma mediocridade generalizada na equipe. Uma mesmice, um
futebol burocrático, sem explosão.
Com certeza
isto é falta de um técnico motivador, daqueles que conseguem passar confiança e
deixar o atleta com o coração no bico da chuteira. Falta entrega. E olha que os
exemplos estão aí para quem quiser ver.
Clubes que
escaparam do rebaixamento, como XV de Piracicaba e Botafogo, outros que estão
nas semifinais da A1, como Guarani, praticamente falido há um ano e pouco atrás
e Ponte Preta, que vendem caro cada jogada, cada bola dividida.
Onde está a
vibração, a confiança numa camisa de tradição como a do Noroeste, caindo de
quatro para clubes sem nenhuma expressão no contexto do futebol paulista?
Perder uma
oportunidade como este ano será lamentável, além de sérios prejuízos
financeiros para o clube. O Campeonato da A2 nesta temporada está bem favorável
àqueles que querem subir.
Restam dois
jogos. Um em Bauru contra o Red Bull, o pior time do grupo até agora e o último
em São Bernardo, lá no ABC. Esta última partida será pedreira, pois a torcida
local é inflamada e “joga com o time”.
Mas não tem
escolha. Se o Noroeste quiser subir sem depender de outros resultados, terá que
vencer os dois jogos. Vamos lá Noroeste. Surpreenda-nos um pouco vá.
Paulo
Sérgio Simonetti/ Rádio 94 FM de Bauru