Damião só mais dois anos

Está definido que o empresário Damião Garcia fica na presidência do Noroeste só por mais dois anos. Ele está jogando franco e aberto. Cabe à cidade começar já a fazer sua parte.

Resta a pergunta: Existe realmente um grupo na cidade que se interessa seriamente pelo Noroeste? Sinceramente eu não saberia responder.

Temos hoje os empresários João Carlos de Almeida, que tem ocupado a vice-presidência do clube, e Toninho Gimenes que acaba de substituir Abel Fernando na presidência do Conselho Deliberativo, que têm sempre se envolvido com as questões noroestinas. E mais uns três ou quatro, se tiver.

João Carlos já deixou claro que não quer continuar e vai sair já de seu cargo, que deverá ser ocupado pelo neto de Damião Garcia, que, na prática é quem está à frente da atual diretoria e tendo Beto Souza, que é um profissional, cuidando das coisas do futebol.

O alerta que deve ser dado neste momento é que alguém precisa começar a pensar no Noroeste de daqui dois anos. Subindo ou descendo de divisão, Damião e sua família caem fora. Isso está mais do que claro.

Poderia talvez num projeto sério e consistente, a empresa Kalunga participar de um grupo de empresas ou empresários que assumissem o clube. No entanto isso é mera especulação.

O ideal seria conseguir o acesso nesta temporada para contar com uma equipe na série principal do Paulista (A1) e desenvolver um projeto empresarial altamente profissional, para dar continuidade ao E.C.Noroeste.

Não vai adiantar nada correr atrás da família Damião daqui dois anos, implorando para que toque no formato atual o clube de Bauru. Aí está o grande desafio e a pedra de toque do futuro noroestino.

Recentemente, nesta mesma coluna, fiz um levantamento de quantos clubes paulistas da Segunda Divisão até a Série A1, que já praticam o futebol-empresa. Penso que o Noroeste deveria seguir o mesmo caminho, se quiser sobreviver.

Paulo Sérgio Simonetti/ Rádio 94 FM de Bauru

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