Em 1957, o húngaro Puskas (à esq.) enfrentou Evaristo, do Flamengo |
O
PATRONO
Como se viu,
na festa da Fifa, sobrou o troféu Ferenc Puskas para o nosso Neymar, autor do
gol mais bonito do ano.
De outra
geração, naturalmente o Neymar deve conhecer o Puskas (1927/2006) por fotos e
filmes que documentam alguns gols do gênio húngaro, um dos dez mais do século
passado: capitão do Honvéd, da seleção da Hungria, e depois do Real Madrid, de
1958 à 1965. Defendeu também a seleção da Espanha, em 1962.
Curiosamente
um tipo físico radicalmente diferente do esguio Neymar.
Puskas era
baixo, atarracado, mas talento prodigioso, passes precisos, dribles curtos e
secos e um arremate primoroso de esquerda.
Excursionava
com o Honved, em 1956, quando um movimento liberalizante na Hungria foi
sufocado sob as ordens da extinta União Soviética. Junto com os colegas,
preferiu se exilar.
Em janeiro
de 1957, vieram jogar no Rio e em São Paulo, contra o Flamengo. A foto registra
as gentilezas entre os capitães, antes de um dos jogos: Puskas e Evaristo de
Macedo, hoje com 77 anos. Na biografia de Evaristo, passagens, com títulos,
pelo Barcelona e pelo Real Madrid entre 1957 e 1965.
Em 1956, Maneca na meia esquerda do São Paulo |
CAMPEÀO EM
1957
Informado
sobre a recente presença do meia Maneca entre nós, e atento como sempre, o
lusófilo Pedro Carvalho, líder da massa rubro-verde na cidade, localizou na sua
coleção de 4.257 fotos, uma do jogador com a camisa 10 do São Paulo.
Antes de
desembarcar em Bauru, em 1959, Maneca passou pelo Tricolor, onde
foi campeão paulista de 1957, escalado em alguns jogos pelo técnico húngaro
Bela Guttmann .
Em 1956,
aparece numa formação mista, que empatou, 2 a 2, contra a Portuguesa no
Canindé: em pé, da esquerda para a direita, Clélio, Esnel, Poy, Riberto,
Rodrigues e Ferrari; agachados, Silvio, Berazza, Wilson, Maneca e
Roberto.
João F. Tidei Lima/Historiador