Ano vai, ano
vem e o Noroeste não consegue caminhar nada além do que a primeira fase da Copa
São Paulo de Futebol Junior.
Não estamos
cobrando grandes feitos, mas acredito que já seria tempo de conseguir avançar
um pouquinho mais, pelo menos para justificar os investimentos que vêm sendo
feitos nas categorias menores do clube.
Mas não se
pode desanimar. O correto é tirar lições dessas constantes decepções que o
Noroeste vem colecionando nessa competição e buscar entender o motivo dos
fracassos.
O clube não
investe o suficiente? Investe errado? Não há regularidade nesses investimentos?
As revelações são precocemente levadas pelos empresários e o Noroeste fica
chupando no dedo?
Não há um
projeto, um programa bem definido e garantias contratuais que mantenham no
elenco, os bons garotos, aqueles de futuro? Não há um rigor na escolha de uma
comissão técnica realmente comprometida com a revelação de jogadores e no
interesse só do Noroeste?
Essas
questões precisam ser analisadas, respondidas com sinceridade e enfrentadas
prela diretoria noroestina, caso contrário está se jogando tempo e dinheiro
fora.
Essa Copa
São Paulo serve para isso. Uma avaliação para saber se realmente seu trabalho
com as categorias de base está ou não dando resultados práticos. Se não está, o
clube precisa mudar os critérios e repensar seus projetos.
Vários
garotos bons de bola, um pouco antes dessa Copa deixaram o Noroeste e foram
para clubes grandes, cedo demais, na minha visão. Será esse o caminho? Mesmo
que entre algum dinheiro será sempre infinitamente menos que uma negociação
futura.
Se não entra
dinheiro, então é ainda pior. É sinal de que estamos trabalhando para os
outros. É preciso apurar a quem interessa esse esvaziamento prematuro dos garotos
que teoricamente teriam mais chances de se tornar bons jogadores.
Tudo isso
tem reflexo bastante significativo no profissional. Mas esse é um outro
capítulo.
Paulo Sérgio Simonetti/Radio 94FM de Bauru