O
mascote do time local era o lobo, mas quem foi o “lobo mau” da história, no
último domingo, foi a equipe vermelha de Bauru. Com o placar de 1 a 0, o
Noroeste bateu o líder e, até então, último invicto do grupo 1 da Copa
Paulista, a Internacional de Bebedouro, no estádio Sócrates Stamato, casa do
adversário, e assume a segunda colocação na chave.
O
resultado deixa o Alvirrubro em boa situação na briga por uma das quatro vagas
para a próxima fase. Restando quatro rodadas para o término da etapa de
classificação, o time bauruense chega aos 21 pontos, um a mais do que os demais
companheiros de G4, Linense e Penapolense, ambos com um jogo a menos e que
fazem confronto direto na próxima quarta-feira. Mesmo com a derrota, a Inter
lidera folgada, com 25 pontos.
Domingo,
em Bebedouro, apesar de muito desfalcado, o Noroeste mostrou postura ofensiva
desde o início, concentrando a marcação no campo adversário. Sem os meias
Altair e Da Silva, vetados pelo departamento médico, além de não contar com os
volantes Tales, também machucado, e Juninho, suspenso pelo terceiro cartão
amarelo, o treinador Jorge Saran recorreu novamente às categorias de base para
preencher o setor, cujo único titular disponível era o volante França.
No
ataque, apesar de dúvida durante a semana, por conta de fadiga muscular, Daniel
Grando foi confirmado ao lado de Anderson Cavalo, de volta após suspensão, e
Vitor Hugo. Desta forma, o 4-3-3 montado por Saran sufocou os donos da casa no
campo de defesa.
Desta
forma, o Noroeste conseguiu muitas chances para definir a fatura até mesmo no
primeiro tempo, com o goleiro noroestino, Nicolas, praticamente sem ser
incomodado. Por outro lado, o guarda metas do Lobo, Fabrício, teve muito
trabalho durante todo o jogo.
Entre
as maiores oportunidades desperdiçadas pelo Norusca, uma bola na trave, aos 32
minutos, assustou a grande torcida presente ao estádio em Bebedouro. Após
levantamento de Mizael, o meia Lúcio, na tentativa de desvio, joga contra o
patrimônio. A bola bate na trave para, em seguida, o goleiro Fabrício salvar.
Aos
40’, o Alvirrubro perde a maior chance de gol do primeiro tempo. Após boa trama
com Leonardo pela esquerda, Betinho invade a área e cruza para trás. Vitor Hugo
conclui, mas o goleiro da casa aparece novamente. “Faltou sorte”, lamentou o
atacante noroestino no intervalo do jogo, ao microfone da rádio 87 FM. “A bola
passou sob as pernas do zagueiro e goleiro e depois subiu”, descreveu.
Quem não faz...
Sem
alterações, o Noroeste seguiu perdendo chances também no segundo tempo. A maior
delas aos dois minutos, quando Daniel Grando é derrubado dentro da área
por Fabrício. Surpreendentemente, Marcelinho aparece para a cobrança. O
zagueiro bate cruzado na esquerda, mesmo canto escolhido pelo goleiro, que
defende.
A
Inter se empolga e, enfim, ameaça o gol defendido por Nicolas. Aos 23’, o
goleiro alvirrubro faz grande defesa após belo arremate de Mateus, que concluiu
com uma meia bicicleta. Quatro minutos mais tarde, Daniel Grando põe para fora,
de frente para o crime na pequena área, outra grande oportunidade.
O
marcador foi aberto aos 38’. Marcelinho se redime da penalidade desperdiçada e
sobe no terceiro andar após cobrança de escanteio. Da marca do pênalti, o
zagueiro, único remanescente do título noroestino da Copa Paulista em 2005,
testou firme, desta vez sem chances para Fabrício. “O pênalti foi mérito do
goleiro. Quanto ao gol, Deus abençoou”, respira o zagueiro.
Antes
do apito final, donos da casa ainda assustaram em cobrança de falta, que
Nicolas espalmou para fora. A Inter de Bebedouro volta a campo na quarta-feira,
frente à Santacruzense, fora de casa. O Noroeste folga no meio de semana,
quando se prepara para enfrentar a Catanduvense sábado à tarde, no Alfredo de
Castinho.
Luiz Beltramin/Jornal da Cidade