MEMÓRIA DA BOLA



 Em 1957, Sylvio Carlos, o Syca, irradiou o fiasco do Noroeste
NORUSCA DEU VERGONHA

Ninguém me contou, eu estava lá, no Pacaembu. Torneio de Classificação de 1957. Noroeste e Botafogo em campo, brigando pela  décima e última vaga do Paulistão.
Aos 18 segundos, o ponta Ismar cobra uma falta e faz Noroeste 1 a 0. Eu e mais o milhar de bauruenses começamos a comemorar. De repente, o Norusca trava, e o Botafogo deslancha, fazendo 4 a 1.
Na cabine de rádio, o locutor José Fernando do Amaral, da PRG-8 Bauru Rádio Clube, joga o microfone, obrigando o plantonista Sylvio Carlos Simonetti a seguir na irradiação. 
Syca lembrou esses detalhes na entrevista que me concedeu em 26 de julho de 2001, nos estúdios da 94-FM.
Os dados completos estão no trabalho que estou concluindo sobre a  história do rádio Bauru, entre 1934 e 1973. Já a caminho da correção gramatical.


O goleiro Bonelli, em 1956, foi escorraçado do São Paulo


COBRAS CRIADAS... 

Assíduo leitor da coluna, torcedor fanático do Santos, manda um irado e-mail, protestando contra a omissão, na matéria do último domingo, dos nomes escalados, segundo ele, "naquele timaço"  que aparecia na foto. Expliquei ao fanático santista, que , em primeiro lugar, não era nenhum timaço, tirando os craques Jair da Rosa Pinto e Pagão. E em segundo lugar, lembrei que a vitória na partida decisiva contra o São Paulo, foi resolvida nos bastidores. As explicações.
Vésperas da decisão do Paulistão de 1956. Eliminado da disputa, o presidente do Corinthians, Alfredo Trindade, cobra criada, emite um alerta para a Vila. O Santos então afasta a zaga titular, e escala os reservas Wilson "Capão" e Feijó.
O São Paulo, confiança cega, entra em campo e faz 2 a 1 no primeiro tempo. No segundo, comandado por Jair da Rosa Pinto, o Santos reage e destroça o tricolor:
4 a 2. Com dois frangaços do goleiro argentino Bonelli, na mesma semana escorraçado do clube.
Anos depois, o presidente são-paulino Henry Aidar mandou queimar todas as fotos, onde aparecia o goleiro. Inclusive essa, que ilustra a matéria: em pé, da esquerda para a direita, o diretor Paes de Almeida, o técnico Feola, Riberto, Sarará, Bonelli, Turcão, Alfredo e Mauro; agachados, Maurinho, Lanzoninho, Gino, Dino e Canhoteiro.
João F.Tidei Lima /Historiador





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