Esse timaço do Noroeste, em 1960, era escalado pelo técnico Setenta e Um |
NOMES
E NÚMEROS
Desconfio
que é herança do serviço militar. Até hoje cruzo com gente que fez o Tiro de
Guerra comigo, mais de meio século atrás, e não dá outra:
-Tudo
bem com você, "103"?
-Tudo!
E com você, "29"?
No
futebol profissional, também lá por meados do século passado, aqui e ali você
localizava gente identificada por um número. O São Bento de Marilia, antecessor
do MAC, até inicios da década de 1950, tinha um ponta direita chamado Dezoito.
Já no ataque da Portuguesa Santista, o ponta esquerda era o Duzentos. No
Rio, o Fluminense atacava pela direita com o ponta Cento e Nove, mais tarde
transferido para o Santos.
Em
Bauru, a velha guarda não esquece daquele timaço do Norusca, de 1960, quinto
lugar no Paulistão, em plena Era Pelé. Escalado pelo técnico João Avelino,
também conhecido como Setenta e Um. A foto mostra, em pé da esquerda para a
direita, Setenta e Um, Pedro, Geraldo, Romualdo, Julião, Gaspar e Gualberto;
agachados, o massagista Tião, Osvaldinho, Leal, Zé Carlos, Maneca e Gelson.
À altura de 1976, viajantes de Bauru, se reuniam para encontro fraterno |
OS VIAJANTES EM CAMPO
Muito
diferente dos tempos de hoje, onde impera cada vez mais o individualismo, a
sociedade parecendo um amontoado disperso, na base do cada-um-para si...Tempos
atrás, as categorias profissionais, organizadas, aproveitavam feriados ou fins
de semana para reforçar a unidade, em encontros fraternos, às vezes mediados
por um bate-bola.
Como
em 1976, em Bauru, reunindo propagandistas, vendedores e viajantes de
laboratórios farmacêuticos. Na foto, em pé a partir da esquerda, o
massagista Hélio, Edelson, Schubert, Joaquim, Robertinho, Luizão, Ligeirinho e
o técnico Toninho; agachados, Roberto Savi, Celso Castilho, Zé Roberto, Canhoto
e Dorival Arias.
Falo
sempre com o José Ramos Schubert pela internet. Profissionalmente aposentado,
mas em rigorosa sintonia com a sociedade como um todo.
Por João F.Tidei
Lima