O corintiano Luizinho (à esq.) ao lado do bauruense Souzinha, em 1953 |
ELE NOCAUTEOU
A ARGENTINA
Luiz
Trochillo, o meia direita Luizinho, (1930/1998), foi figura carimbada entre os
grandes ídolos da torcida corintiana. Com pouco mais de 1,60 m de altura,
chamava a atenção pelos dribles, executados às vezes com postura de moleque
travesso. Fez sentar muita gente famosa.
Daqui e de
fora. Inclusive do nosso maior rival, a Argentina. Foi num jogo, infelizmente
quase sumido dos registros, pela Copa América, que antes de 1967 se chamava
Campeonato Sul-Americano.
Ano de 1956,
Estádio Centenário de Montevidéu. O Brasil, representado por uma seleção
paulista, escalada por Osvaldo Brandão, com o desafio de nunca ter vencido os
hermanos fora do nosso território.
Placar
final, Brasil 1, Argentina 0, gol de Luizinho. Velho conhecido da torcida
bauruense, desde a estréia do Norusca na Primeirona em 1954. Um ano antes, teve
ao seu lado o ponta Souzinha, antigo ídolo da torcida do Bauru A.C.
Chico Buarque veio à Bauru em 1972 e quís bater uma bolinha |
BOM DE
BOLA
O grande compositor, cantor, e escritor, Chico Buarque de Holanda, 67 anos, não dispensa uma entrada em campo, pelo menos 3 vezes por semana.Um vício que vem, digamos, de tempos imemoriais. Com passagens por Bauru. Como em setembro de 1972, quando lotou o ginásio da Associação Luso-Brasileira. Duas mil pessoas cantando com ele essa obra-prima chamada "Construção". Como outras, uma composição visada pela censura da Ditadura Militar.Por isso, a presença dele, opinando nas emissoras de rádio, estava praticamente proibida. Daí, que o repórter Lourivetti de Castro, da Jovem Auri-Verde, na época propriedadeda Família Simonetti e de Tobias Ferreira, teve que se contentar com uma entrevista para ser publicada no Diário de Bauru.Hospedado no Hotel Colonial, Chico Buarque, antes do show musical, bateu bola com universitários da cidade, no campo do BAC.
Por João F. Tidei Lima ( Historiador)