O Noroeste continua escrevendo sua história de um pouco mais de cem anos com muitas decepções e alegrias, muitos acessos e rebaixamentos. Foi rebaixado mais uma vez. Não se preocupem: Nada mudou.
Lamentamos a efemeridade da recém conquista da volta à elite do futebol paulista. Só durou um campeonatinho, curtinho e sem graça, como vêm se caracterizando os últimos campeonatos promovidos pela Federação Paulista de Futebol, especialmente na Série A1.
O mundo não acabou e para a sofrida torcida noroestina, como, aliás, todas as torcidas de futebol. Aqui a luta é para não cair e com os chamados grandes clubes é para ser campeão, pois o resto simplesmente não interessa. Não pensem que são tudo flores para os grandes. A briga é outra e as decepções são as mesmas.
A dinâmica do futebol não perdoa e todo torcedor é um sofredor. Estejam consolados os noroestinos, que já deviam estar acostumados a esses constantes revezes, tão característicos da trajetória dos médios e pequenos clubes.
A frustração é normal, porque havia planos do Noroeste começar a partir do seu centenário a desenhar um novo traçado no seu desempenho. Ficar entre os oito primeiros do Paulistão, disputar uma divisão do Nacional. Enfim melhorar sua posição no ranking do futebol brasileiro.
Não deu. Muitos erros, equívocos que vêm se repetindo na dinâmica da administração do clube, que apesar de injetar recursos financeiros significativos não obtém o sucesso esperado.
Não sei como vai reagir o grande comandante do Noroeste atual, Damião Garcia. Mas se eu fosse ele uma coisa eu garanto: Escolheria bem os homens que usariam meu dinheiro e teria alguém, quem sabe um bauruense apaixonado verdadeiramente pelo Noroeste, para gerir os recursos e saber buscar as vitórias com alma e coração.
Não devemos entoar um réquiem para o Noroeste, mas reagir e enfrentar a realidade, tão nossa, tão íntima e tão desafiadora.
Por Paulo Sergio Simonetti