A ETERNA CASA DO GAROTO
 |
Esse time representou a Casa do Garoto num torneio de 1957 |
Nem bem implantou o loteamento, há mais de sessenta anos, o economista e jornalista Avallone Jr., o Nicolinha (1919-2010), assessorado pelo padre holandês Pedro Paulo Koop, instalou a Casa do Garoto, para acolher a meninada do bairro e da vizinhança.
Em 1957, quando Nicolinha era prefeito, a Casa do Garoto tinha até time de futebol, e disputando torneios da Liga Bauruense de Esportes.
Como o que aparece na foto: em pé, da esquerda para a direita, Bariri, Lelo, Caçula, Tec, Alemão e Cid Madureira; agachados, Hildebrando, Oliveira, Ló, Pedrinho e Adalberto.
A maioria desse povo ainda vive em Bauru. O ponta direita Hildebrando, meu amigo, parou de bater bola, mas segue batendo o martelo na sua sapataria. Vigiado pela mulher, Lourdes, e pela filha Marly, advogada.
A INFALÍVEL PORTUGUESA
 |
| Esse time representou a Casa do Garoto num torneio de 1957 |
Líder da massa rubro-verde na cidade, Pedro Carvalho reconhece que o destino da Lusa é salvar ou ajudar a salvar o Noroeste.
Depois daqueles 2 a 0 do Norusca, em pleno Canindé, uma semana atrás, a Lusa pode dar, hoje, mais uma mãozinha, derrotando o São Bernardo, sério candidato à degola.
Memória em dia, o amigo Pedro viaja até o Paulistão de 1954, quando o Norusca estreava na Primeirona. E já ameaçando fazer a viagem de volta.l
Por sorte, no último jogo, enfrentava a infalível Portuguesa, que costumava, já naquela época, ganhar dos grandes e se render aos pequenos. Não deu outra.
O goleiro da Lusa, Lindolfo, que às vezes fechava o gol, naquele dia de fevereiro de 1955, voou inutilmente.Noroeste 2, Portuguesa 1, em pleno Pacaembu.
Enquanto o Norusca, salvo da degola, arrumava as malas para o retorno, por trem, à Bauru, a torcida da Portuguesa, inconformada com a apatia do time, xingava e até ameaçava agredir alguns dos seus jogadores.
Por João F. Tidei Lima ( Historiador)
