O Noroeste subiu à elite do futebol paulista em 1953. Imagine nesses anos todos, quantas dificuldades e rebaixamentos ele já não enfrentou. Diria até que o teimoso Noroeste tem exagerado nessas fortes emoções.
Inicialmente como torcedor e depois como profissional acompanhei bem de perto esse eterno sobe e desce. Já exercitei muito a matemática, fazendo contas e prognósticos para tentar antecipar a sorte noroestina nos vários campeonatos.
Confesso que nunca vi uma situação tão grave como no atual Paulistão. Há agravantes severos, comprometendo uma recuperação, para escapar do rebaixamento. O Noroeste só tem duas vitórias e um saldo negativo de onze gols.
Em caso de empate em pontos ganhos, esse dois fatores são fundamentais para definir qual clube cai. E ainda tem dois jogos fora e só um em casa, contra um grande, o São Paulo.
Diria que faltando três rodadas para o término da primeira fase do Campeonato, pelo menos sete equipes estão correndo riscos, uns mais e outros menos.
Botafogo (17 pg, 4 vitórias e saldo de gols -8), Linense (15 pg, 4 v e sg -9), São Bernardo (15 pg, 4 v e sg -10), Ituano (15 pg, 4 v e sg -10, Santo André (15 pg, 2 v e sg -10), Noroeste (14 pg, 2 v e sg -11) e Grêmio
Prudente (11pg, 2 v e sg -15), em ordem inversa são os mais sérios candidatos à Série A2.
O Botafogo joga em casa com o Corinthians e Mirassol e Mogi fora.
Linense joga em casa com Americana e Bragantino e fora com São Caetano.
São Bernardo joga fora com São Caetano e Portuguesa e em casa com o Santo André.
Ituano joga em casa com Oeste e Noroeste e fora com Mirassol.
Santo André joga em casa com Grêmio Prudente e Corinthians e fora com São Bernardo.
Noroeste joga em casa com o São Paulo e fora com Portuguesa e Ituano.
Grêmio Prudente joga fora com Santo André e Palmeiras e Americana em casa.
Em termos práticos o Noroeste precisa vencer dois jogos e totalizar 20 pontos para escapar da degola.
Analisando sem paixão o cenário exposto sou obrigado a me render e dizer que só milagre e dos grandes, pode salvar o Noroeste do rebaixamento.
Por Paulo Sergio Simonetti ( radialista da Radio 94Fm de Bauru)