AOS “ATLETAS” DO NOROESTE

Na vida só temos duas verdades, uma é que a gente vai morrer e a outra é que o Noroeste vai cair. Assim está a autoestima do noroestino, que briga, chora, às vezes até ri, tentando driblar a decepção. A grande verdade que a maioria dos bauruenses, noroestinos, não está vendo, ou melhor, finge não ver, é que, há algum tempo, um bauruense travestindo-se de bom filho e cidadão, arrenda, aluga ou compra, sabe-se lá um local gramado, todo cercado, conhecido pelo nome de Alfredo de Castilho, para criar cavalos puro sangue, logicamente para revenda, um excelente negócio. Claro que, com aval dos nossos maravilhosos políticos que, sensibilizados com os dividendos eleitorais lucrativos, outorgaram títulos de cidadão bauruense e moções de aplauso etc, etc. Tudo seria maravilhoso, um verdadeiro conto de fadas, não fosse o criador do negócio e seus filhos, que possuem em larga escala o chamado “vil metal”, cometessem um pequenino erro, levados talvez pela inocência ou incompetência em contratar para gerir o negócio quem não é do ramo, ou se é do ramo não sabe diferenciar uma chuteira de uma ferradura. Mas qual seria o pequeno erro? Ah!!! Você precisa de um oba oba pra vender a ilusão. Todos têm que dizer amém e concordar com seus atos. Como a coisa não é bem assim, pois a imprensa esportiva não está engolindo o engodo, você compra uma emissora de rádio local só para falar bem de seu negócio, mas como o seu negócio não é assim, digamos, “uma Brastemp”, até a rádio cai para 2.ª divisão. Não bastasse isso, em dia de casa cheia, tanto que as bilheterias estavam congestionadas, você vai na porta e grita bem alto: “Eu não preciso de torcida pra tocar meu negócio”. Penso eu, aqui na minha santa inocência, realmente ele disse a verdade. Afinal, R$ 80,00 para tomar de cinco em casa é porque não precisa de torcida. É, ele está sendo coerente... Ah!!! É lógico, você quer saber qual é o pequeno erro. Vou devagar porque dizem que os nobres não erram, apenas cometem pequenos equívocos. Tá bem, mas qual é o equívoco? Eu respondo: ao invés de comprar “puro sangue”, compraram “pangarés” da mais baixa linhagem. Agora, espero que ao menos os “pangarés” (me perdoem os verdadeiros pangarés pela equiparação) saibam ler, ou que alguém leia para eles esta mensagem. Ah!!! Vocês não gostaram, não concordam, a carapuça não serviu... Então mostrem, dentro de campo, que eu estou errado e que vocês não são “pangarés”. Devolvam ao Noroeste e a nós noroestinos nossa dignidade. Depois, como diz o professor Duda, na TV Preve, aos maus professores: “peguem seus direitos e vão jogar na concorrência”. Obs: Deixo fora da história o saudoso Celso Zinsly que doou sua vida pelo Noroeste.
 
Por Rafael Santana 
( Texto publicado na Tribuna do Leitor do Jornal da Cidade)

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