Norusca tenta afastar crise em Jundiaí

Agora, cada partida representa uma decisão para o futuro do Noroeste. Contra o Paulista, hoje, às 17h, em Jundiaí, o time desfalcado jogará a primeira “final” assim como será o restante do Campeonato Paulista. Mas a missão do técnico interino Jorge Saran não será nada fácil. Seu desafio é tentar iniciar, fora de casa, uma trajetória de vitórias, que até agora o elenco desconhece, após uma vexatória derrota de goleada no Alfredão.

Tudo isso, com o time na zona do rebaixamento, sem um técnico titular e com dois dos principais jogadores, os atacantes Otacílio Neto e Vandinho, ainda machucados. Some-se a esse cenário o fato de que dos próximos 14 jogos, já contando com o de hoje, o Alvirrubro fará oito decisões fora do Alfredão. Das seis partidas que restam em seus domínios, apenas quatro são contra times considerados pequenos e, portanto, adversários a serem batidos a qualquer custo.

Porém, todo esse panorama preocupante pode se dissipar com uma “simples” primeira vitória hoje e a consagração de Saran. Como o diretor Beto Souza ressalta, se vencer o Paulista, o Alvirrubro subirá para sete pontos, igualando-se à equipe de Jundiaí, que iniciará a sexta rodada na sétima posição, atrás de Ponte Preta, com os mesmos sete pontos, mas com saldo de gols de zero, enquanto que o Paulista tem saldo de menos um gol. O Noroeste inicia a sexta rodada com saldo de menos quatro. O time de Saran é o primeiro da “degola”, somando míseros quatro pontos em cinco jogos, ocupando a 17ª colocação à frente de Botafogo com três pontos e na 18ª, o São Caetano com dois pontos, na 19ª posição e, abraçado à laterna, o Grêmio Prudente com a penas 1 ponto.

Saran assumiu a interinidade na reapresentação de segunda-feira pela manhã, 48 horas antes de comandar o time na primeira partida decisiva após cinco partidas sem vitórias. Ele comentou que tratou de curar o abatimento do elenco puxando o astral para o alto. No primeiro treino, ensaiou o posicionamento do meio campo e ataque, atuando com o respaldo de três zagueiros, Matheus, Halisson e Da Silva, mudança tática implementada com o time em um 3-5-2. Essa formação exigirá de Francis e Júlio César presença ofensiva quando o time estiver com a posse de bola. “Hoje os volantes têm que atacar”, define Saran.

No ataque, ele deverá repetir a dupla Aleílson e Diego, que iniciou a partida contra Americana no último sábado. Zé Carlos foi reintegrado ao elenco, contudo não estará à disposição nesta partida, cedendo a titularidade para Diego. Estará no banco, sedento para obter uma chance, o desconhecido centroavante Bruno Gaúcho.

Saran sabe que a quinta-feira será outro dia. Ele aproveitou o pouco tempo antes da partida para trabalhar a cabeça dos jogadores e buscar virar o treinador titular reconciliando torcida e time com uma vitória contra o Paulista. Saran montou o elenco do Mirassol que subiu em 2003 da Série A-3 para a A-2. No mesmo ano, ele subiu com o Grêmio Barueri, atual Grêmio Prudente, da Série B-1 para a A-3.

Ele não irá correr riscos contra o Paulista, porém buscará pontos preciosos e se o time não perder sob seu comando transitório já será um avanço para quem recebeu um grupo de jogadores cabisbaixo para colocar em campo 48 horas após o “ estopim” da crise. “Temos obrigação de buscar”, destaca Saran, motivado com a chance de virar treinador do Noroeste.

O técnico interino relacionou para a viagem a Jundiaí André Luís, Aleílson, Altair, Bruno Gaúcho, Da Silva, Diego, Doda, Francis, Gleidson, Gustavo, Halisson, Julio Cesar, Matheus, Marcelinho, Marcio Gabriel, Rafael Aidar, Ricardinho e Yuri.
Fonte: Jornal da Cidade

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