Paparicando o Pelé


No campo do BAC, em 1963, Pelé treina com funcionários de um banco
Já toquei nessa historinha, Paulistao de 1963, Norusca líder lá pela sexta ou sétima rodada. Próximo adversário, o tricampeão Santos, no Alfredão.
Pelé, com contrato para renovar, ameaça não jogar, abandona a vila e viaja para Bauru, onde familiares e propiedades.
Por aqui passeios, homenagens, aquela paparicacão durante toda semana. E torcida para ele não jogar, e o Norusca continuar na liderança
Para manter a forma, se exercitava no campo do BAC com funcionários de um banco. Como mostra a foto, Pelé em pé, no centro, ladeado de fãs, muitos deles ainda circulando entre nos, como César Savi, Demerval Belgo, João Batista Campagnani, e outros.
Chega o sábado, o Santos desembarca e, claro, renova com o rei.

COMO PELÉ PAGOU AS SUAS GENTILEZAS

Alfredão lotado, momentos antes do jogo, como mostra a foto, Pelé ainda recebe a homenagem. Da PRG-8 Bauru Rádio Clube, na pessoa do seu gerente geral, Tobias Ferreira.
Bola em jogo, e Pelé agradece a sua maneira: Faz todos os gols do 4 a 3, o último de um penalty simulado por ele mesmo perto do fim. Protesto dos noroestinos rende 5 expulsões. Acaba tudo.
Nas arquibancadas a torcida desabafa contra o Pelé; “ingrato!”, “ mercenário!” “ traidor!”
Vi tudo, junto à cabine da Tupi de São Paulo, onde Pedro Luis e Mário Morais, dois monstros sagrados do rádio esportivo, não cansavam de exaltar mais uma tarde inesquecível do genio.
Por João F.Tidei de Lima

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