Armando Padroni foi o atleta que mais vezes vestiu a camisa do Norusca na história, com mais de 300 atuações
Poucos são os jogadores que ganham o status de ícone de um clube. Xandú era um deles. Jogador símbolo de uma época com a camisa do Esporte Clube Noroeste, Armando Padroni, conhecido e admirado pelos noroestinos como Xandú, morreu anteontem à noite, aos 90 anos, vítima de problemas respiratórios, deixando de luto os alvirrubros e inconsoláveis a esposa Floraci de Almeida Padroni, as netas Ana Cláudia, Juliana e Amanda e os bisnetos Lorena e Lucas. Zagueiro clássico, de técnica refinada, Xandú foi o jogador que mais vezes vestiu a camisa do Norusca na história. Foram 341 atuações em 13 anos, de outubro de 1942, quando estreou aos 23 anos, até maio de 1954. O atleta também chegou a atuar como lateral em algumas partidas.
Zagueiro clássico, mestre das antecipações e com disciplina irrepreensível, Xandú jamais foi expulso de campo e participou das históricas campanhas noroestinas de 1943, quando o time bauruense foi campeão do Interior, ocasião em que não havia acesso, e de 1953, primeira oportunidade em que o Noroeste foi promovido à primeira divisão paulista, chamada de divisão especial naquele tempo. Em sua passagem pelo Noroeste, Xandú marcou 23 gols e formou uma das mais sólidas defesas alvirrubras, ao lado do goleiro Amélio e do companheiro de zaga Irineu.
Líder em campo, Xandú era aclamado não só pela torcida, mas pela imprensa bauruense. “Ele representa no campo uma garantia para o quadro e um tônico para os companheiros, além de maravilhar a torcida com sua extraordinária classe”, estampava o Diário de Bauru na época. Adjetivos como calmo, leal e lutador eram comuns em referências ao zagueiro na crônica das décadas de 40 e 50. Outra manchete dos jornais, em 1954, dizia “Xandú ainda é o grande mestre”, fazendo referência à idade do clássico zagueiro frente aos jovens companheiros, então titulares, Vila e Louro.
Natural de Avaí, Xandú viveu sua infância e juventude em Jaú e iniciou carreira no Palmeiras jauense. Atuou ainda pelo Bandeirante de Birigui, uma passagem rápida, antes de se transferir para o Noroeste, onde seria referência na zaga e titular absoluto por mais de dez anos. “Vê-lo jogar era um colírio para os olhos. Ele jogava o fino da bola, além de ser muito calmo e tranquilo”, comentou o jornalista e historiador Luciano Dias Pires, editor do suplemento “Bauru Ilustrado” ao entregar uma camisa do Noroeste, no ano passado, a Xandú, em homenagem por ser o jogador que mais vezes defendeu o Norusca.
Solange Parra, primeira esposa do filho de Xandú, Manduca, já falecido e que também foi jogador do Noroeste, falou sobre as qualidades do ex-sogro fora dos gramados. “Foi excelente avô, excelente bisavô. Nunca me deixou faltar nada. Tive uma casa para morar com a minha filha graças a ajuda dele. Como ex-sogro, só tenho a falar bem dele, sempre me ajudou, nas piores horas de minha vida ele me ajudou. Vai deixar muita saudade, foi um jogador excelente, respeitado”, considerou. Solange afirmou que Xandú tinha um carinho especial pelos bisnetos. “O xodó dele era o Lucas e a Lorena. Mas o Lucas, por ser homem, era mais”, contou. Lucas retribuiu o carinho do bisavô. “Eu o amava muito e ele vai deixar muita saudade”, observou o bisneto.
Líder em campo, Xandú era aclamado não só pela torcida, mas pela imprensa bauruense. “Ele representa no campo uma garantia para o quadro e um tônico para os companheiros, além de maravilhar a torcida com sua extraordinária classe”, estampava o Diário de Bauru na época. Adjetivos como calmo, leal e lutador eram comuns em referências ao zagueiro na crônica das décadas de 40 e 50. Outra manchete dos jornais, em 1954, dizia “Xandú ainda é o grande mestre”, fazendo referência à idade do clássico zagueiro frente aos jovens companheiros, então titulares, Vila e Louro.
A equipe campeã do interiorde 1943: Manoel Menezes, Chocolate, Sérgio, Balbino, Amélio, Xandu, Irineu( Pé de boi), Euclides Paixão(técnico), Lamonica, Crisanto, Adolfrises, Cirilo, Fontes e Euclides. |
Solange Parra, primeira esposa do filho de Xandú, Manduca, já falecido e que também foi jogador do Noroeste, falou sobre as qualidades do ex-sogro fora dos gramados. “Foi excelente avô, excelente bisavô. Nunca me deixou faltar nada. Tive uma casa para morar com a minha filha graças a ajuda dele. Como ex-sogro, só tenho a falar bem dele, sempre me ajudou, nas piores horas de minha vida ele me ajudou. Vai deixar muita saudade, foi um jogador excelente, respeitado”, considerou. Solange afirmou que Xandú tinha um carinho especial pelos bisnetos. “O xodó dele era o Lucas e a Lorena. Mas o Lucas, por ser homem, era mais”, contou. Lucas retribuiu o carinho do bisavô. “Eu o amava muito e ele vai deixar muita saudade”, observou o bisneto.
Por: Jornal da Cidade
Xandu ( a esq.), goleiro Amélio e o zagueiro Irineu, em 1943 no Pacaembu. O Noroeste sagrou-se Campeão do Interior |